Bolsas da Ásia resistem a pressão dos EUA e ficam no campo positivo

SÃO PAULO - Os principais índices de ações asiáticos registraram trajetória majoritariamente positiva no pregão desta sexta-feira (15). No último dia de negócios da semana, o mercado ficou atento ao noticiário sobre os EUA, mas repercutiu novas medidas do governo chinês para o mercado imobiliário e o enfraquecimento do iene no mercado de câmbio.

Na bolsa de Tóquio, o índice de ações Nikkei encerou o dia com alta de 0,39% e as ações de companhias exportadoras figuraram entre os destaques positivos, em função da alta do dólar na comparação com o iene no mercado de câmbio.

A divisa norte-americana voltou a ser cotada num patamar superior a ¥ 79,00. Assim, os papéis da Panasonic avançaram 1,25% e foram acompanhados pelos papéis da Canon, que subiram 0,93%, e da Sony, com alta de 0,66%.

No setor automobilístico japonês, que também é bastante influenciado pelos movimentos no câmbio, as ações da Mazda tiveram valorização de 0,47% nesta sexta-feira, ao mesmo tempo em que os papéis da Suzuki subiram 0,72% e os da Nissan, 0,24%.


Shanghai Composite sobe...
Na China, o índice Shaghai Composite, da bolsa de Xangai, marcou alta de 0,35% e teve como destaque positivo as ações do setor financeiro. Entre os bancos, os papéis do China Construction Bank subiram 0,41% e os do Industrial and Commercial Bank of China avançaram 0,23%.

Seguindo a tendência, as ações da seguradora Ping An Insurance Group subiram 0,84% e foram acompanhadas pelos papéis da China Pacific Insurance, com valorização de 0,27%, e da China Life Insurance Company, com alta de 0,22%.

... e Hang Seng cai
Já o índice de ações Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, recuou 0,30%, pressionado principalmente pelos ativos do setor imobiliário, que repercutiram a decisão do governo chinês de estender para outras cidades as restrições para aquisição de casas.

Desta forma, os papéis da China Overseas Land & Investment tiveram forte queda de 4,85% e foram seguidos pelas ações da China Resources Land, com queda de 2,78%, e da Guangzhou R&F Properties, com desvalorização de 2,71%.

Mercado de olho nos EUA
O mercado asiático também ficou atento aos EUA no derradeiro pregão desta semana. A maior economia do mundo segue com o impasse político em torno do aumento do limite de endividamento, fato que vem levando o mercado a cogitar um antes impensável calote norte-americano.

Além disso, os investidores também repercutiram a declaração do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmando que por enquanto não deveram ser implementadas novas medidas de estímulo econômico. Por fim, o mercado também acompanhou a divulgação de novos resultados corporativos nos EUA.

Fonte: InfoMoney