Radar: comece o pregão sabendo as novidades do cenário corporativo

SÃO PAULO - Com os investidores focados no noticiário econômico e na agenda de resultados dos EUA, os principais mercados de ações mais uma vez registram trajetória instável nesta sexta-feira (15).

O impasse político sobre o limite de endividamento da maior economia do mundo continua; agora a vez da agência de classificação de risco Standard & Poor’s ameaçar rebaixar a nota da dívida norte-americana.

Além disso, os investidores também repercutem as declarações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmando que - por enquanto - não serão implantadas novas medidas para estimular a economia dos EUA. Por fim, o mercado também acompanha a a temporada de resultados corporativos, com destaque para a divulgação dos números do Citigroup.

Vale vai explorar terminal portuário
A Vale (VALE3, VALE5) anunciou na última quinta-feira um acordo com a sua subsidiária Vale Fertilizantes (FFTL4) para constituição de uma joint venture com o objetivo de explorar um terminal portuário no porto de Santos.

A participação da Vale nessa parceira será de 51%. A companhia vai pagar R$ 150 milhões à sua subsidiária, além de realizar um aporte de capital de R$ 432 milhões para o financiamento do plano de investimentos do terminal portuário.

Usiminas arrenda direitos de mineração
Também na véspera, a Usiminas (USIM3, USIM5) anunciou o arrendamento de direitos minerários da empresa MBL Materiais Básicos, na região de Serra Azul, em Minas Gerais. O prazo desse arrendamento é de 30 anos ou até o esgotamento das reservas, estimadas em 145 milhões de toneladas.

A Usiminas vai pagar US$ 7,50 por tonelada lavrada na área, podendo haver reajuste de acordo com a variação internacional do preço da commodity. Ademais, a empresa também deverá pagar US$ 12,50 por tonelada na aquisição de um estoque de 6 milhões de toneladas e o acordo ainda prevê a liberação de 253 milhões de toneladas de reservas nas áreas já pertencentes à Usiminas, vizinhas a área areendada.

Citi corta preço-alvo para Cosan
Nesta sexta-feira, os analistas do Citigroup cortaram o preço-alvo fornecido para as ações da Cosan (CSAN3), que passou de R$ 33,00 para R$ 32,00.

Na comparação com a cotação do último fechamento, o novo preço-alvo representa um upside (potencial teórico de valorização) de 32,34% para esses ativos. Já a recomendação para as ações da Cosan segue como compra.

Segundo os analistas Juan Tavarez e Felipe Koh, a redução no preço-alvo para as ações da Cosan aconteceu por conta de um ajuste nas estimativas para a companhia, realizado em função de novas projeções para o preço e para a produção de cana de açúcar.

Fonte: InfoMoney