Esperança de pacote de estímulo aos EUA anima mercados na Ásia

As principais bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quinta-feira em alta, refletindo a esperança dos investidores de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anuncie um novo pacote de estímulos para aquecer a economia do país em sua reunião deste mês. 


Ao final desta jornada, em Taiwan, o referencial TSEC Weighted Index teve valorização de 0,26% aos 7.548 pontos; na Coreia do Sul, o referencial KOSPI Composite, da bolsa de Seul, ganhou 0,72% aos 1.846 pontos; na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, desvalorizou 0,68% aos 2.498 pontos; na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, ganhou 0,59% aos 17.165 pontos; no Japão, o referencial Nikkei 225 da bolsa de Tóquio ganhou 0,34% aos 8.793 pontos; e em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, encerrou esta jornada em baixa de 0,67%, aos 19.912 pontos.

Na agenda local, as reservas em moeda estrangeira do Japão alcançaram o montante recorde de quase US$ 1,218 trilhão em agosto, devido à intervenção do Governo após a alta do iene, informou nesta quarta-feira o Executivo japonês.

As reservas de divisas do Japão, as segundas maiores do mundo, atrás apenas da China, cresceram 5,9% na comparação com os dados de julho, informou a agência "Kyodo".

O volume das reservas aumentou pelo segundo mês consecutivo, após o grande volume de compra de dólares realizado pelo Governo japonês para desvalorizar sua moeda em agosto.

O Banco do Japão (BOJ) decidiu nesta quarta-feira manter as taxas de juros entre 0% e 0,1% para impulsionar a economia rumo a uma "recuperação moderada", na segunda metade deste ano fiscal.

Assim, indicaram que a previsão é que a economia do Japão retorne a uma recuperação moderada no segundo semestre do ano fiscal de 2011, que se encerra em março de 2012, respaldada por "um aumento das exportações" e pelo crescimento da demanda doméstica.

O comitê monetário do BOJ admitiu que há riscos nas perspectivas econômicas, entre eles os efeitos dos ajustes na economia dos Estados Unidos e os problemas de dívida soberana na Europa.

O superávit de conta corrente do Japão fechou aos 990,2 bilhões de ienes em julho em relação ao mesmo período de 2010, retração de 42,4%. Em junho, o superávit caiu 50,2%, para 526,9 bilhõs de ienes. 

As exportações caíram 2,3% em relação a julho. Já as importações cresceram 13,6%.

Fora do Japão, o governo da China propôs a criação de uma zona de livre comércio no nordeste da Ásia, incorporando, além do país, o Japão, as duas Coreias, a Mongólia e o Extremo Oriente Russo. A região representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB) global. 

Se o projeto sair do papel, a futura zona de livre-comércio cobriria uma superfície de 9 milhões de quilômetros quadrados nos quais se produz mais de 70% do PIB asiático.

Fonte: Último Instante