Cautela prevalece antes de fala de Bernanke e Obama



Em dia de discurso de Obama e Bernanke, compasso é de espera nos mercados de capitais. Descolado, Ibovespa futuro sobe.

Os investidores adotam uma postura mais cautelosa antes do discurso de Ben Bernanke, presidente do Fedederal Reserve (Fed, banco central americano), e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Enquanto Bernanke fará um pronunciamento sobre a situação econômica do país, Obama apresentará ao Congresso um pacote de mais de US$ 300 bilhões para estimular o mercado de trabalho.

Na agenda econômica dos Estados Unidos estão previstos dados de emprego e comércio exterior.

Analistas estimam que os pedidos de auxílio-desemprego tenham recuado em 9 mil na última semana, ficando em 400 mil solicitações.

Para a balança comercial, a expectativa é de redução do déficit, com o saldo negativo passando de US$ 53,1 bilhões para US$ 51,5 bilhões em julho.

Diante desse cenário, o sinal era misto entre os índices futuros de Wall Street, ao passo que as principais bolsas da Europa apresentavam leves ganhos.

Em Frankfurt, o índice DAX, subia 0,33%, para 5.423,27 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 apreciava 0,40%, a 3.085,38 pontos. E, em Londres, o índice FTSE 100 ganhava 0,09%, a 5.323,54 pontos.

No continente, as decisões de política monetária não trouxeram novidade. O Banco Central Europeu (BCE) e o Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) mantiveram o juro básico da Zona do Euro e do Reino Unido, respectivamente, em 1,50% e 0,50% ao ano.

Por aqui, às 9h17 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro marcava alta de 1,65%, para 58.050 pontos. Na quarta-feira (6/9), o índice paulista subiu 2,93%, aos 56.607 pontos.

Os mercado asiáticos, no entanto, tiveram um pregão misto. O índice referencial de Tóquio subiu 0,34%, ao passo que as bolsas de Hong Kong e Xangai caíram 0,67% e 0,67%, nesta ordem.

Indicadores domésticos
Internamente, o destaque fica por conta da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que optou surpreendentemente por cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na última quarta-feira (31/8), levando-a a 12% ao ano.

Em documento, o colegiado avaliou que o cenário prospectivo para a inflação, desde a última reunião, acumulou sinais favoráveis.

"O Copom prevê que neste trimestre se encerra o ciclo de elevação da inflação acumulada em doze meses. A partir do quarto trimestre, o cenário central indica tendência declinante para a inflação acumulada em doze meses, ou seja, a mesma passa a se deslocar na direção da trajetória de metas", ressaltou o comitê.

Já a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,74% na primeira semana de setembro (até o dia 7), frente a 0,40% na semana anterior.

Em contrapartida, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,3% entre julho e agosto de 2011, passando de 132,6 para 130,8 pontos, e atingiu o menor nível desde janeiro deste ano (128,2).

Fonte: Brasil Econômico