Dólar recua valorização e atua em cenário volátil temendo recessão mundial
O dólar comercial segue operando com muita volatilidade no início de tarde desta segunda-feira, após abrir em queda, a divisa apresentou alta significativa passando de 1% de valorização, que já vem se retraindo, seguindo os rumos de atuação da última semana. Há pouco, no interbancário, a divisa era cotada a R$ 1,848 na compra e R$ 1,850 na venda, ganho de 0,65%.
No mercado futuro, o contrato para outubro negociado na BM&F operava em alta de 0,60% a R$ 1,842.
Para o operador de câmbio da Confidence Corretora, Felipe Pellegrini, o mercado segue receoso quanto ao futuro da economia mundial, que mostrar estar abalada com a constante divulgação de notícias veículas pela mída.
"Hoje não tivemos nenhum dado fora do normal para que as negociações fossem abaladas, o mercado está seguindo mesmo temeroso, o que traz essa grande volatilidade a divisa", explica.
Nessa mesma linha, Pellegrini aponta que as bolsas ao redor do mundo operam também em campo volátil. "Esse cenário de grande instabilidade é o que está ditando a cotação do dólar hoje", finaliza.
Na agenda norte-americana, o índice de atividade industrial do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) de Chicago (CFNA, na sigla em inglês) caiu para -0,43 em agosto, ante 0,02 em julho (dado revisado).
A média móvel de três meses (CFNAI-MA3) também registrou piora para -0,28 pontos em agosto. Em agosto do ano anterior, o CFNAI registrou -0,47 pontos.
As vendas de novas casas (New Home Sales) totalizaram 295 mil unidades em julho, segundo informações divulgadas hoje pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano norte-americano.
O montante representa um recuo de 2,3% sobre o dado revisado de julho (302 mil), mas é 6,8% maior do que a taxa de agosto de 2010 (278 mil).
Já o índice da atividade manufatureira de Dallas recuou em 14,4 pontos em setembro ante queda de 11,4 pontos em agosto segundo informações do Federal Reserve da cidade (Fed, o banco central norte-americano).
O índice que mede a produção passou de 1,1 pontos em agosto, para 5,9 pontos neste mês, enquanto que a capacidade utilizada das indústrias foi de -2,8 pontos para -1,3 pontos.
No Velho Continente, o comissário de Assuntos Monetários da União Europeia, Olli Rehn, disse nesta manhã que está em estudo o fortalecimento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, destacando que a medida irá complementar o "guarda-chuva" de resgate a alguns países atingidos mais fortemente pela crise econômica mundial.
Rehn afirmou também que há uma necessidade urgente de recapitalização dos bancos locais, além de afirmar estão em curso na União Europeia estudos que analisam essa possibilidade.
Por sua vez, o ministro das Finanças da Rússia, Alexei Kudrin, afirmou que o país estaria disposto a apoiar a Europa por meio do Fundo Monetário Internacional ou da aquisição de obrigações do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.
Já um relatório conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou que a desaceleração da economia mundial pode gerar um forte aumento no desemprego em 2012 nos páises do G20.
Fonte: Último Instante