Sem novidades, dólar segue em alta influenciado por especuladores

SÃO PAULO – Embora o mercado externo apresente uma certa tranquilidade nesta quinta-feira (11), dólar segue em ligeira alta de 0,09%, cotado a R$ 1,6290, acompanhando o clima econômico de instabilidade e incertezas que ainda rondam o mercado.

Neste momento, segundo o economista Sidnei Nehme, é possível observar o movimento natural do mercado. A saída de recursos estrangeiros aplicados em renda variável, acentua o ritmo das remessas de passivos externos em moeda estrangeira, bem como de dividendos, lucros e juros sob capital.

Ao mesmo tempo, e como consequência do cenário externo, aponta Nehme, há a redução no ingresso de investimentos, ficando a oferta dependente das exportações. Exportações que, por sua vez, estão bastante comprometidas, dado a queda significativa do preço das commodities.

Passado este movimento “básico” do câmbio, é possível identificar outro, como explica o economista. “O problema no mercado de câmbio são os players que construíram posições especulativas extremamente excessivas pró-real”.

Ainda de acordo com Nehme, estas posições vendidas, trazem, agora, situação de desconforto aos investidores que apostavam na valorização do real. “Agora, toda vez que eles fizerem movimentos no sentido de reverter tais posições, provocarão impactos na taxa cambial”, conclui.

Indicadores
Nesta quinta-feira, nos EUA, tivemos o Initial Claims, índice que mede o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que foi melhor do que as expectativas do mercado, conforme dados divulgados pelo Departamento de Trabalho.

Já o Departamento de Comércio dos Estados Unidos reportou nesta mannhã os dados da balança comercial. O indicador apontou avanço no déficit, passando de US$ 50,8 bilhões, de acordo com dados revisados de maio, para US$ 53,1 bilhões no sexto mês de 2011, frente às previsões de analistas de US$ 48,0 bilhões.

Na agenda doméstica, as vendas do comércio varejista subiram 7,3% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2010, conforme mostra a Pesquisa Mensal do Comércio, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O mesmo instituto revelou a Pesquisa Industrial de Emprego e Salário, apontando que o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou aumento de 5,5% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2010.

Fonte: InfoMoney