Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

SÃO PAULO – O Ibovespa registra alta de 2,82% nesta quinta-feira (11), ensaiando registrar a terceira jornada consecutiva de alta, após as fortes quedas nas sessões anteriores. O índice já iniciou no campo positivo, mostrando certo deslocamento do mercado externo, que apesar de sustentar ganhos no decorrer do pregão, iniciou no campo negativo.

No front corporativo, as blue chips contribuem para o bom desempenho do índice. Entre elas, a Petrobras (PETR3, R$ 22,17, +1,23%; PETR4, R$ 19,98, +1,97%) e Vale (VALE3, R$ 42,78, +2,12%; VALE5, R$ 39,36, +2,16%) registram altas.

No mesmo sentido, a OGX Petróleo (OGXP3, R$ 10,85, +2,84%) também valoriza, mesmo após a companhia informar nesta quinta que o prejuízo no trimestre foi aprofundado, em relação ao período anterior, indo a R$ 108,76 milhões, contra R$ 33,88 milhões entre janeiro e março.

Braskem e Ambev sobem forte após balanços
As ações da  Braskem (BRKM5, R$ 16,54, +8,10%) também  registram forte valorização, mesmo após a companhia divulgar o seu resultado referente ao segundo trimestre de 2011, mostrando lucro líquido de R$ 420 milhões, queda de 57% em relação ao mesmo período de 2010. Entretanto, na passagem trimestral, o lucro líquido da companhia subiu 28%.

Já os ativos da AmBev (AMBV3, R$ 39,70,, +6,29%; AMBV4, R$ 48,75, +5,77%) valorizam após o seu resultado apontar lucro líquido de R$ 1,832 bilhão no período, reportando um crescimento de 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ R$ 1,510 bilhão.

Temporada de balanços a todo vapor

Vale destacar que após o fechamento da última sessão,, três companhias apresentaram os seus balanços trimestrais, cujos resultados estão sendo avaliados nesta quinta. A Eletropaulo (ELPL4, R$ 29,82, -4,76%) anunciou que seu lucro líquido desceu 47,4% em bases anuais, fechando em R$ 255,4 milhões.

No mesmo sentido, a CPFL Energia (CPFE3, R$ 20,22, +0,85%) também baixou seu lucro em 12 meses, terminando em R$ 294 milhões, 18,3% a menos. Na contramão, a Copel (CPLE6, R$ 35,50, -1,93%) registrou alta de 2,4%, encerrando o período com um lucro líquido de R$ 257,48 milhões.

Ainda na véspera, o Banco Panamericano (BPNM4, R$ 5,56, -0,71%), agora sob o comando do BTG Pactual, encerrou o período com um lucro líquido consolidado de R$ 50,6 milhões. Entre abril e junho de 2010, o resultado havia fechado em prejuízo de R$ 20,9 milhões.

Por fim, a Copasa (CSMG3, R$ 29,14, +2,21%) divulgou na véspera um lucro líquido de R$ 114,5 milhões em seu resultado referente ao segundo trimestre deste ano, montante inferior aos R$ 121,0 milhões anunciados no mesmo período do ano anterior.

Já nesta sessão, A HRT (HRTP3, R$ 1.004,59, +1,49%) revelou um prejuízo líquido de R$ 53,2 milhões no segundo trimestre deste ano, valor superior às perdas de R$ 19,2 milhões observadas no mesmo período de 2010.

Outros destaques corporativos
Entre os noticiários relevantes para o mercado, a Fibria (FIBR3, R$ 14,06, +0,43%) informou que assinou um termo de acordo com a japonesa Oji Paper, de modo a negociar exclusivamente com esta a venda da unidade de Piracicaba por um preço indicativo de US$ 313,0 milhões. No entanto, o acordo definitivo está, entre outros fatores, sujeito à auditoria realizada pela Oji Paper.

Enquanto isso, a MMX (MMXM3, R$ 6,95, +8,42%) afirmou em teleconferência que a aquisição da PortX e, em consequência, do Superporto Sudeste, representa um investimento importante para a empresa no futuro.

Já a Suzano Papel e Celulose (SUZB5, R$ 8,74, +1,51%), em meio à turbulência na economia global, deve intensificar sua política de controle nos gastos até o fim deste ano. O custo de produção da celulose foi de R$ 469 por tonelada para R$ 598 entre o primeiro e o segundo trimestre. “Todas as contas que fizermos em dólar estão muito caras”, disse o presidente Antonio Maciel Neto.

Agenda econômica e noticiários
Dados publicados nos EUA nesta quinta revelam que o déficit da balança comercial em junho foi maior do que o teto previsto pelos analistas, aos US$ 53,1 bilhões. Já os pedidos de auxílio-desemprego na última semana, com 395 mil pedidos, superou as projeções de 409 mil solicitações.

Por fim, rumores revelam que o BCE (Banco Central Europeu) continua a compra de títulos da Itália e da Espanha, influenciando o CDS (Credit Default Swap) - um título que fornece um seguro contra um possível calote - destes países a recuarem em 1,36% e 0,61%, segundo dados da CMA.

Fonte: InfoMoney