Na esteira de temores em Wall Street, Ibovespa vira e recua forte

SÃO PAULO - Após abertura em alta próxima a 1%, Ibovespa reverteu sua trajetória positiva e passou a registrar baixa de 0,73% no início da tarde desta segunda-feira (1), atingindo 58.393 pontos e volume financeiro de R$ 2,401 bilhões.
 
O principal índice da bolsa brasileira segue na esteira do clima registrado em Wall Street, que apesar do otimismo observado no início do dia com o acordo político sobre o teto da dívida, vê agora prevalecer os temores de corte de rating e a decepção com indicador de atividade industrial recém divulgado.

Por aqui, como de costume em um momento de pressão inflacionária, a sessão desta segunda-feira reverbera também novas perspectivas do mercado reveladas pelo relatório Focus.

Segundo dados apresentados pelo Banco Central, as expectativas relativas aos principais indicadores macroeconômicos foram reduzidas, na comparação coma última semana. Entre elas, destaque para IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), cuja mediana foi reduzida de 0,08% para 0,05%, e para o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), cuja projeção passou de 0,28% para 0,27% nesta medição.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações Brasil Telecom (BRTO4), que registram desvalorização de 4,34% e são cotadas a R$ 12,55. Apesar dessa variação, a alta acumulada desde o início do ano chega a 6,69%, após as empresas do grupo Oi definirem a relação de troca de ações em seu complexo processo de simplificação da estrutura societária. No mesmo enredo, o melhor desempenho fica com os papéis Tele Norte Leste (TNLP3), que são cotados a R$ 24,68 e apresentam forte alta de 3,09%.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:



As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:



Bolsas internacionais
Conforme já descrito acima, os principais índices de ações dos EUA recuam nesta segunda-feira tendo revertido trajetória após abertura em forte alta. Apesar do país celebrar o fim do risco de default, o mercado ainda vê com desconfiança o modelo de reestruturação fiscal do país e acompanha apreensivo a possibilidade de corte da nota de rating da maior economia do planeta.

Além disso, Wall Street também tem contra si neste sessão a decepção com o indicador ISM Index, que sinalizou atividade industrial em níveis inferiores ao esperado no mês de junho.

No mesmo caminho, seguem as bolsas europeias, com destaque negativo para FTSE MIB (Itália) e IBEX 35 (Espanha) que se aproximam do fechamento com perdas consideráveis, de 3,87% e 3,24%, respectivamente.

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam em tendência de queda nesta sessão, com os agentes do mercado repercutindo o relatório Focus do Banco Central, além, é claro, de importar parte do clima externo.

Por fim, o dólar comercial é cotado a R$ 1,5588 na compra e R$ 1,5598 na venda, alta de 0,50% em relação ao fechamento anterior, também na esteira dos acontecimentos em Wall Street.

Fonte: InfoMoney