Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta segunda-feira

SÃO PAULO – Depois de abrir o pregão desta segunda-feira (1) em alta, o Ibovespa reverteu a tendência positiva no final da manhã e opera em queda em torno de 0,74% nesta tarde. O índice acompanha o desempenho do mercado externo, que no início da sessão demonstrou certo alívio com o  anúncio de um acordo nos Estados Unidos  quanto à elevação do teto da dívida, mas perdeu força ao passo que as incertezas sobre a economia dos EUA não foram diminuídas mesmo após o anúncio.

Embora o presidente dos EUA, Barack Obama, tenha sinalizado que republicanos e democratas chegaram a um consenso sobre o corte de gastos e a alta no limite de endividamento do país, o mercado parece não ter amenizado sua cautela uma vez que tal acordo ainda deve passar pela aprovação do Senado norte-americano, além de não ter mostrado clareza em todos os pontos acertados. É o caso do corte de gastos que, segundo Obama, ainda deverá ser estudado por uma comissão parlamentar até novembro, a qual decidirá em quais setores da economia ele será efetuado.

Temporada de balanços
Na última sexta-feira, depois do fechamento dos mercados, a Tractebel (TBLE3, R$ 26,54, +1,57%) apresentou seus números para o período. O resultado foi superior ao mesmo trimestre de 2010, com o lucro líquido fechando em R$ 358,8 milhões, uma alta de 33,1%.

Além disso, dando continuidade à temporada de divulgação dos balanços do segundo trimestre, a Klabin (KLBN3, R$ 6,47, -0,46%) anunciou que registrou um lucro líquido de R$ 163 milhões, 142% de alta em bases anuais, de acordo com o seu balanço do segundo trimestre.

Já a  Duratex (DTEX3, R$ 11,05, -3,41%) teve uma queda de 11,3% no lucro líquido recorrente no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, fechando em R$ 91,09 milhões.

Gol
As ações da GOL (GOLL4, R$ 11,81, -1,58%) recuam na sessão desta segunda. A companhia liderou as perdas pelo Ibovespa no mês de julho, após anunciar a revisão revisão de guidance e sofrer corte nas recomendações, que levaram os papéis a despencarem 21,62% na sessão de sexta-feira (29).

São Martinho e Cosan
Já a São Martinho (SMTO3, R$ 22,60, +1,48%) anunciou na última sexta, o pagamento de dividendos no total de R$ 30,2 milhões, equivalente a R$ 0,27 por ação, yield de 1,2% com base no último fechamento. O provento será pago no dia 15 de agosto, para investidores que estivessem em posse dos papéis no dia 29 de julho.

A Cosan (CSAN3, R$ 23,10, -0,86%) também divulgou que pagará dividendos com base na posição acionária de 29 de julho. Serão pagos R$ 200 milhões aos investidores, o que equivale a R$ 0,49 por ação. A data de pagamento deve ser decidida na próxima reunião do Conselho de Administração da empresa, que será realizado em 12 de agosto.

Petrobras
Ainda entre as notícias relevantes para o mercado, a Petrobras (PETR3, R$ 26,09, +0,15%, PETR4, R$ 23,47, -0,13%) anunciou na sexta-feira (29) que assinou um contrato de aquisição da Gás Brasiliano Distribuidora, no total de US$ 250 milhões.

Agenda econômica
Trazendo receio ao mercado, o indicador que mede o nível de atividade industrial nos Estados Unidos,  ISM Index,  divulgado nesta sessão, foi pior do que esperado no mês de julho. O indicador atingiu 50,9 pontos, enquanto as expectativas do mercado indicavam 54 pontos. A medição de junho marcara 55,3 pontos.

Notícias de Wall Street
No último final de semana, republicanos e democratas negociaram o plano que estabelece o  limite do endividamento nos EUA , chegando a um aumento de US$ 14,3 trilhões e em um ajuste fiscal de US$ 1 trilhão ao longo de dez anos.

Apesar da boa notícia, o projeto ainda tem de ser aprovado na câmara, de maioria oposicionista, e no senado, controlado pela situação. “Só peço que membros de ambos os partidos tomem a decisão correta e apoiem o acordo”, afirmou o presidente Barack Obama antes da abertura dos mercados asiáticos.

Entretanto, o pacote fiscal poderá não ser tão bem recebido no mercado, principalmente pelas agências de rating que têm alertado o governo dos EUA sobre um possível corte de nota no curto prazo.

Fonte: InfoMoney