Ibovespa reduz perdas após queda do nervosismo em Wall Street
SÃO PAULO - Após abertura em forte queda, o Ibovespa apresenta baixa de 0,55% no início da tarde desta sexta-feira (19) e atinge 52.841 pontos, com volume financeiro de R$ 2,231 bilhões às 12h20.
Depois de amargar fortes perdas no início do pregão, o principal índice da bolsa brasileira chegou a oscilar com timidez entre as bandas positivas e negativas do gráfico após duas horas de atividade, até voltar a assumir viés negativo - exatamente o que se observa em Wall Street.
Em linhas gerais, o mercado digere o crescimento do risco que EUA e Europa entrem em recessão no futuro próximo, conforme evidenciado nos cortes de projeções de crescimento realizados por bancos de peso desde quinta-feira. Como a sessão não conta com a divulgação de indicadores relevantes no front externo, o humor ao longo do dia fica por conta de eventuais mudanças na forma com que os agentes do mercado tentam prever o futuro.
Por aqui, investidores também digerem a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que registrou inflação de 0,27% em agosto. O valor registrado na última medição do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é 0,17 ponto percentual maior que a registrada no mês anterior, quando marcou 0,10%.
Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações Fibria (FIBR3), que registram desvalorização de 2,46% e são cotadas a R$ 13,85. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -47,08%. Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis Cyrela (CYRE3), que são cotados a R$ 13,74 e apresentam alta de 2,16%.
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices norte-americanos registram sinais opostos neste momento, ambos próximos à estabilidade. A exemplo da bolsa brasileira, Wall Street vivencia um pouco de queda no nervosismo observado no início do pregão e tenta reverter as fortes perdas acumuladas na véspera.
Enquanto isso na Europa, os índices de ações ainda recuam forte, em sua maioria com baixas ao redor de 1,5%, influenciados também por temores de que muitos de seus bancos estejam fragilizados frente à combinação entre crise fiscal e risco de recessão.
Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam com volatilidade, com leve alta nos contratos mais curtos e queda nos vencimentos longos. O mercado teme por uma nova recessão nos países desenvolvidos e já refletem um corte na taxa de juro.
Por fim, o dólar comercial está sendo cotado a R$ 1,5996 na compra e R$ 1,6002 na venda, leve baixa de 0,11% em relação ao fechamento anterior.
Fonte: InfoMoney