Ibovespa destoa de mercados internacionais e inicia pregão em alta

SÃO PAULO - O Ibovespa destoa dos mercados internacionais e inicia as negociações desta quinta-feira (11) em alta de 0,81%, aos 51.813 pontos, após também se descolar dos principais índices acionários na véspera e encerrar a sessão em alta de 0,48%.

No entanto, com um cenário externo conturbado, as notícias no front nacional - como resultados corporativos da OGX (OGXP3), AmBev (AMBV3), Eletropaulo (ELPL4), entre outros - perdem o mesmo impacto que poderia ter em outras situações.

Enquanto o Ibovespa inicia trajetória de alta nesta manhã, a volatilidade nos mercados internacionais já pode ser observada, uma vez que os principais índices acionários da Europa registravam alta e, agora, já acumulam queda neste pregão e estendem as perdas da véspera, com destaque para o CAC-40, da bolsa de Paris, em baixa de 1,91%.

Ações
Entre as ações do Ibovespa na ponta positiva se destacam as ordinárias da Brasil Ecodiesel (ECOD3, R$ 0,55, +3,77%), preferenciais da Braskem (BRKM5, R$ 15,72, +2,75%), ordinárias da MRV (MRVE3, R$ 11,31, +2,54%), da Marfrig (MRFG3, R$ 8,65, +2,37%) e da MMX Mineração (MMXM3, R$ 6,55, +2,18%).

Bancos franceses em forte queda
Após predominar nos noticiários na véspera, quando a aversão ao risco por parte dos investidores se incrementou após rumores de que o rating da dívida soberana da França sofreria um corte, os bancos franceses continuam em foco, mesmo após as agências de classificação de risco Moody's, Fitch e Standard & Poor's reafirmarem, em entrevistas, a nota do país

No entanto, o comportamento do mercado indica desconfiança sobre as instituições bancárias da França, já que os papéis do setor registram forte queda neste pregão, com destaque para os do Société Générale, em baixa de 4,15%.

EUA e compras do BCE
Além disto, dados publicados nos EUA nesta manhã revelam que o déficit da balança comercial em junho foi maior do que o teto previsto pelos analistas, aos US$ 53,1 bilhões. Já os pedidos de auxílio-desemprego na última semana, com 395 mil pedidos, superou as projeções de 409 mil solicitações.

Por fim, rumores revelam que o BCE (Banco Central Europeu) continua a compra de títulos da Itália e da Espanha, influenciando o CDS (Credit Default Swap) - um título que fornece um seguro contra um possível calote - destes países a recuarem em 1,36% e 0,61%, segundo dados da CMA.

Fonte: InfoMoney