SÃO PAULO - Depois da última sexta-feira (5), quando a agência de classificação de risco S&P cortou o rating norte-americano, o mercado acordou nesta segunda-feira (8) indisposto a investir em ativos de alto risco, o que faz com que o dólar sai cotado a R$ 1,5975 nesta manhã, forte valorização de 1,01%.

Os mercados mundiais foram dormir mais tensos na última sexta, quando a Standard & Poor's cortou o rating de crédito dos Estados  Unidos, que passou de AAA para AA+, repercutindo as preocupações com o forte crescimento do déficit fiscal do país. A perspectiva para a nota é negativa, ou seja, um novo downgrade pode ser anunciado dentro de 12 a 18 meses, explica a agência.

Não bastasse uma, a Fitch, outra agência de classificação de risco, também afirmou que pretende revisar os ratings de crédito soberano dos EUA até o fim deste mês.

Neste sentido, segundo analistas do mercado, a instabilidade faz com que os investidores se afastem de países com maior potencial de risco como o Brasil e retirem seus investimentos, promovendo a valorização do dólar por aqui.

Indicadores
Na falta de indicadores relevantes no cenário externo, a agenda doméstica chama a atenção nesta segunda-feira (8). Pela manhã, o IPC-S anunciou que inicia agosto apontando deflação, com taxa de 0,01%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Na mesma linha, o IGP-DI apresentou queda de 0,05% em julho.

Por fim, no o relatório Focus desta semana, a Selic foi reduzida para o fim de 2011. A projeção passou de 12,75% ao ano para 12,50% ao ano. Atualmente, a taxa está em 12,50% ao ano. Para 2012, a expectativa segue em 12,50% ao ano.

Já a projeção do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para 2011 recuou de 6,31 para 6,28%. Para 2012, a queda passa de %,30% para 5,27% ao ano.

Fonte: InfoMoney