Dólar dá sequência ao movimento visto na véspera e segue em alta

SÃO PAULO – Depois da devastação vista na bolsa de valores na véspera, que amargou queda de 8,08%, o dólar inicia esta terça-feira (9) em alta de 0,67%, cotado a R$ 1,6233.


Diante do pessimismo externo visto na véspera, para fugir do risco, investidores se colocaram em posição de venda de ações, commodities e moedas, recorrendo a ativos mais seguros, como o ouro e os Treasuries do Tesouro norte-americano, que mesmo neste cenário parecem ser sinônimo de segurança.

No mercado de câmbio, a expectativa é de que a moeda siga perdendo valor frente às demais, influenciado pelas expectativas com a reunião do Federal Reserve (banco central norte-americano). Por volta das 10h30, a divisa norte americana recuava frente ao euro (-0,62%), a libra (-0,04%), ao iene (-0,53) e ao franco suíço (-1,93%).

Do cenário externo, há a expectativa de que, diante do caos instalado nesta semana nos mercados, o Fed possa anunciar novas medidas de afrouxamento para que a economia do país possa respirar e avançar.

Ainda internamente, na véspera, o ministro da Fazenda Guido Mantega, afirmou que se houver um agravamento na guerra cambial, o Brasil tomará mais medidas para impedir que a economia brasileira seja “atacada”. “Temos reservas fiscal e monetária muito maiores do que tínhamos (na crise de 2008), então, um ataque cambial não vai haver aqui”, disse.

Por outro lado, as noticias que vêem da China preocupam um pouco. Pequim divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que voltou a acelerar em julho, +6,5%, acima de junho (+6,4%) e das previsões (+6,3%), apontando a maior elevação em três anos.

Indicadores
A prévia da produtividade no mercado de trabalho norte-americano, excluindo o setor agropecuário, mostrou queda no primeiro trimestre de 2011, o indicador recuou 0,3%, número inferior frente às estimativas de analistas, que esperavam queda de 0,6%.

Por aqui, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) referente a primeira quadrissemana de agosto, apresentou variação positiva dos preços de 0,33%.

A produção da indústria nacional apontou taxa negativa em 9 das 14 regiões pesquisadas na passagem de maio para junho, já descontadas as influências sazonais, acompanhando a queda observada no total do país (-1,6%). Os dados são da Pesquisa Industrial Produção Física - Regional, apresentada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Ainda segundo o IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no País deverá ser de 158,8 milhões de toneladas, superior em 6,2% A obtida em 2010 (149,6 milhões de toneladas) e 1,7% menor do que a estimativa de junho.

Fonte: InfoMoney