Bolsas europeias chegam ao seu quarto pregão consecutivo de queda
SÃO PAULO - Mesmo com a aprovação do aumento do teto da dívida norte-americana, anunciada na véspera após o fechamento das bolsas europeias, os principais índices acionários do velho continente seguiram em trajetória declinante e chegaram nesta quarta-feira (3) ao seu quarto pregão consecutivo de queda, fortemente pressionados pelo setor financeiro.
O FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou queda de 2,34%, atingindo 5.584 pontos. Enquanto o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, caiu 2,30% ficando em 6.640 pontos, o CAC 40, da bolsa de Paris, perdeu 1,93% a 3.454 pontos, e o SMI, da bolsa de Zurique cedeu 1,15%, indo para 5.483 pontos. O FTSE MIB, da bolsa de Milão, desvalorizou 1,54% para 17.0062 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, declinou 0,85%, para 9.114 pontos.
Société Génerale puxa perdas de bancos
Em Paris, as ações do Société Générale despencaram 8,97%. O segundo maior banco francês registrou queda de 31% no lucro líquido no segundo trimestre deste ano, atingindo € 747 milhões, abaixo da projeção dos analistas. Aliado a isso, o banco afirmou que suas metas para 2012 correm o risco de não serem alcançadas.
Seguindo a esteira de perdas, as ações do Crédit Agrícole recuaram 6,57% na bolsa francesa. Já em Frankfurt, o Commerzbank perdeu 3,71%, enquanto em Londres, HSBC e Lloyds cederam 2,85% e 2,68%, respectivamente. Vale mencionar que todas as ações do DAX 30 fecharam em queda nesta quarta-feira.
Já na Suíça, as ações do UBS cederam 1,57%, enquanto os papéis do Credit Suisse se desvalorizaram 1,59%, influenciados pela inesperada redução na taxa básica de juro do país, que passou de 0,25% ao ano para "o mais próximo possível de 0% ao ano".
Outros destaques
Colaborando para a queda do FTSE 100, as ações da BHP Billiton fecharam com queda de 4,97%, após o Credit Suisse rebaixar a recomendação de outperform (performance acima da média do mercado) para neutra. Outras mineradoras, como Rio Tinto (-3,90%) e Kazakhmys (-5,02%) também fecharam no vermelho.
Já na bolsa alemã, a Volkswagen viu suas ações recuarem 4,64%, após a montadora mostrar que perdeu participação no continenete europeu.
EUA e Suíça em foco na agenda
Nos Estados Unidos, após a aprovação do aumento do teto da dívida, que afasta o temor de calote, mas ainda deixa os investidores inseguros em relação a recuperação da economia norte-americana. As principais agências de classificação de risco já sinalizaram a possibilidade de cortar o rating do país, outro fato que contribui para o temor do mercado. Na véspera, a Moody's confirmou a manutenção do rating Aaa norte-americano, mas manteve a perspectiva negativa para a nota.
Na Suíça, o banco central do país cortou, inesperadamente, a taxa de juros e declarou que iria aumentar a oferta de francos nos mercados monetários como um esforço para impedir uma "sobrevalorização excessiva" da moeda. O banco central disse que o franco está "maciçamente sobrevalorizado” e que seria "muito importante aumentar significativamente" a oferta de liquidez ao mercado de francos suíços ao longo dos próximos dias.
Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:
Fonte: InfoMoney
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