Moody's sugere que Estados Unidos eliminem teto da dívida

SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Moody's sugeriu nesta segunda-feira (18) que os EUA devem eliminar seu limite legal sobre a dívida pública para reduzir as incertezas entre os detentores de títulos.

O processo legislativo de elevação do teto da dívida cria "incertezas periódicas" sobre a capacidade do governo de cumprir as suas obrigações, afimou a agência em relatório.

"Nós reduziríamos nossa avaliação do evento de risco se o governo mudar sua estrutura para administrar a dívida de modo a diminuir ou eliminar essas incertezas", escreveu no documento o analista da Moody's, Steven Hess.

A agência disse que sempre considerou o risco de um default da dívida dos EUA muito baixo, uma vez que durante muitas décadas o Congresso regularmente elevou o teto da dívida, geralmente, sem divergência de opiniões. Contudo, as discussões entre a Câmara de Deputados e o governo Obama sobre o limite da dívida gera "um elevado nível de incerteza e nos leva a aumentar a nossa avaliação do do evento de risco".

Impasse político
Na semana passada, a Moody's e a Standard & Poor's colocaram o rating dos EUA em observação para um possível rebaixamento, citando o impasse político sobre o teto da dívida.

As ameaças das agências aumentaram a pressão para que os legisladores e a Casa Branca cheguem a um acordo sobre a dívida. Nesta semana, o Senado norte-americano deve começar a discutir uma proposta para evitar a moratória da dívida federal dos país, cujo prazo limite para elevação do teto é dia 2 de agosto.

A medida é baseada em uma primeira proposta feita na semana passada passada pelo líder republicano no Senado, Mitch McConnell, que vem negociando com o líder da maioria no Senado, Harry Reid, maneiras de tornar o plano mais aceitável aos democratas.

Assessores democratas acreditam que uma votação até a próxima semana é improvável, além disso consideram que o trabalho dos funcionários de Reide e McConnell aponta que as negociações lideradas pela Casa Branca entre republicanos e democratas não vão conseguir um acordo.

Fonte: InfoMoney