Ibovespa segue recuando com contagem regressiva para default nos EUA


SÃO PAULO - O Ibovespa apresenta baixa de 1,24% no início da tarde desta quarta-feira (27) e atinge 58.604 pontos, com volume financeiro de R$ 2,809 bilhões até o momento.

A exemplo de Wall Street e Europa, o principal índice da bolsa brasileira é pressionado pelo aumento da percepção de risco no mercado internacional na medida em que cresce a cada minuto o risco de default dos EUA caso congressistas não cheguem a um acordo sobre o futuro fiscal do país até a próxima terça-feira.

Em suma, congressistas democratas e republicanos acreditam que o aumento do limite de endividamento do país precisa ser ampliado para permitir a rolagem da dívida, entretanto, discordam quanto à condução da reestruturação fiscal de longo prazo, principalmente ao redor da elevação de impostos e cortes orçamentários, o que pode colocar levar a maior economia do mundo a não arcar com seus compromissos já na próxima semana.

Além disso, por aqui a bolsa reverbera nova tentativa do Governo brasileiro que tenta conter a desvalorização do dólar frente ao real através de medida provisória em que autoriza o CMN (Conselho Monetário Internacional) a intervir no mercado de derivativos, o que aumenta os temores de que a política de intervenções atinja o mercado de ações.

Altas e baixas
Principal destaque negativo do dia, as ações BMFBovespa (BVMF3), registram desvalorização de 4,40% e são cotadas a R$ 9,13, diretamente afetadas pela perpectiva de mudanças regulatórias na bolsa de valores.

Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis Gerdau (GGBR4), que são cotados a R$ 14,25 e apresentam alta de 1,79%.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:



As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:



Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices acionários registram quedas, pressionados pela continuidade do impasse político nos EUA acerca do aumento do teto da dívida externa e possíveis cortes no rating do país.

A tensão consegue deixar em segundo plano a safra de resultados trimestrais que nesta manhã apontou ganhos acima do esperado de gigantes como Arcelor Mittal e Boeing.

Enquanto isso na Europa o cenário não é diferente, e os principais índices acionários caem pelo terceiro dia consecutivo, também em meio aos temores sobre o aumento do teto da dívida pública dos EUA.

Juros e câmbio
Nesta tarde as taxas dos principais contratos de juros futuros operam praticamente estáveis na ponta curta, enquanto os contratos mais longos têm leve alta. O mercado segue na expectativa pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária), a ser divulgada na próxima quinta-feira, além de acompanhar os desdobramentos do cenário internacional.

Por fim, o dólar comercial opera em forte alta de 1,8% cotado à R$ 1,5665. A virada no cenário é motivada pelas medidas cambiais anunciadas pelo Governos no início da manhã, após patamar mínimo desde 1999 atingido pela moeda na véspera.

Fonte:InfoMoney