Ibovespa inverte trajetória e recua refletindo decepção com indicador dos EUA

SÃO PAULO - Revertendo a trajetória positiva das primeiras horas de pregão, o Ibovespa apresenta baixa de 0,81% no início da tarde desta sexta-feira (15), atingindo 59.193 pontos com volume financeiro de R$ 1,391 bilhão.

O principal índice da bolsa brasileira passou para a banda negativa do gráfico em consonância com Wall Street, que reverteu ganhos após decepção com o indicador Michigan Sentiment, que apontou confiança do consumidor com a economia do país muito abaixo do esperado.

O indicador, somado a outros fatores como a ameaça do corte de rating dos EUA pela Standard & Poor's e a crise fiscal na periferia do euro, consegue reverter os ganhos observados no início do pregão, quando prevalecia o clima positivo provocado pelos fortes resultados trimestrais de Google e Citigroup.

Lado a lado
Como por aqui há poucas referências para calibrar o humor do mercado, a bolsa brasileira caminha muito próxima a Wall Street nesta sessão. A partir do meio da tarde, uma nova influência pode surgir com a divulgação do teste de estresse de 90 bancos europeus frente a cenários da crise na região, a ser apresentado após o fechamento das bolsas do velho mundo.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações Brasil Foods (BRFS3), que registram desvalorização de 2,93% e são cotadas a R$ 28,83, em ajuste negativo frente à forte alta acumulada nas última duas sessões como consequência da decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre o destino da empresa. Apesar dessa variação, a alta acumulada desde o início do ano chega a 6,79%.

Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis Light (LIGT3), que são cotados a R$ 29,10 e apresentam alta de 1,04%, seguidos pelos ativos da também energética Cesp (CESP6), que avançam 0,47%.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:










As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:


 
Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices de ações sofrem instabilidade, buscando referências nos resultados corporativos que começaram a ser divulgados nesta semana, apesar do anúncio da S&P de que pode rebaixar o rating dos EUA.

A divulgação de queda na confiança do consumidor após uma hora de pregão trouxe incertezas ao mercado em relação ao desempenho da economia do país, e reverteu os ganhos apresentados até então.

Enquanto isso, na Europa a cautela dá o tom aos negócios acionários do continente europeu, levando os principais índices de ações a apresentar leve queda, com investidores à espera do resultado do teste de estresse do setor bancário, e, segundo agências internacionais, a expectativa é de que 10% dos 90 bancos participantes falhem.

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros seguem estáveis no início dos negócios desta na BM&F, com o mercado observando a diminuição do ritmo de queda nos preços alimentas.

O mercado de juros futuros segue acompanhando o noticiário internacional e com agentes na expectativa sobre os próximos passos do Copom (Comitê de Política Monetária) de quantas serão as elevações da taxa de juro.

Por fim, o dólar comercial segue cotado a R$ 1,5740 na venda, baixa de 0,25%, respondendo à melhora na percepção de risco em plano global, por conta de resultados corporativos melhores que o esperado nos Estados Unidos.

Apesar da variação, a moeda norte-americana registra alta de 0,77% neste mês de julho, porém uma desvalorização de 5,53% desde o início do ano.
 
Fonte: InfoMoney