Ibovespa abre em baixa pressionado por pauta fiscal externa

SÃO PAULO - O Ibovespa abriu em queda de 0,84% nesta segunda-feira (18) com 58.977 pontos e volume negociados de R$ 83,28 milhões nos primeiros minutos de pregão, iniciando a semana pressionado pela pauta fiscal nos EUA e Europa.

"O Ibovespa segue em tendência de baixa, buscando a projeção do canal de baixa de curto prazo, na região de 58.500, outro suporte está em 57.500 pontos. Algum sinal de recuperação importante, voltando a operar acima de 60.900 e rompendo 61.500 pontos", avalia Régis Chinchila.

Influências externas
Em Wall Street, o mercado segue apreensivo na medida em que se aproxima a data limite para que o congresso norte-americano aprove, ou não, o aumento do limite de endividamento do país, o que é tido por alguns como crucial para a consolidação da recuperação econômica, embora crie uma questão fiscal futura.

Já na Europa, persiste a sombra da crise fiscal na periferia do euro com investidores atentos especialmente ao noticiário dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) após o teste de estresse do sistema bancário do continente ter fracassado em oito instituições conforme anúncio realizado na última sexta-feira.

Por aqui, investidores importam o clima externo e combinam-no com novos dados divulgados pelo Relatório Focus para calibrar a trajetória da bolsa brasileira.

Nesta manhã, o relatório Focus do Banco Central, apontou que as principais taxas tiveram suas expectativas mantidas em relação ao relatório da última semana. Entre elas, destaque para o IPCA, mantido em 0,20% e a taxa Selic, em 12,50% ao ano.

Perdas em diversos setores
Dentre os papéis que puxam o recuo do Ibovespa, destaque para PDG Realty (PDGR3, R$ 7,87, -1,99%),  OGX Petróleo (OGXP3, R$ 13,65, -1,80%),  Brasil Foods (BRFS3, R$ 28,97, -1,80%),  Banco do Brasil  (BBAS3, R$ 25,32, -1,75%) e Itausa  (ITSA4, R$ 10,32, -1,71%) - indicando alta variedade dos setores de atuação das comapanhias que figuram nas principais perdas.

Fonte: InfoMoney