Em dia de ata do Copom, juros futuros terminam em rumos opostos

As principais taxas dos contratos de juros futuros fecharam estáveis nos contratos mais curtos e com alta nos vencimentos mais longos nesta quinta-feira (28) na BM&F. Os agentes repercutiram a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária)  para compreender quais os próximos passos da política monetária. 
Na ata da reunião do Copom referente à reunião da última semana o Banco Central justifica as medidas tomadas, sinalizando que o processo de aperto monetário, ou seja, de elevação de juros, possa entrar em um processo de pausa.
Em relação a inflação, o Comitê entende que riscos baixos subjacente no curto prazo tendem a reduzir incertezas em relação ao comportamento futuro da inflação plena, facilitando a avaliação de cenários por parte da autoridade monetária, assim como auxiliam no processo de coordenação de expectativas dos agentes econômicos, em particular, dos formadores de preços.
Analistas divergem quanto ao fim do aperto monetário
Para os consultores da Rosenberg, parece que o Copom realmente ainda não tem ideia de quais serão os próximos passos, deixando em aberto a possibilidade tanto de manter a Selic em 12,5% na próxima reunião ou elevá-la mais uma duas vezes, ainda, neste ano. “Há implícita uma preocupação com a avaliação dos impactos das ações tomadas até aqui, o que poderia sinalizar uma parada técnica para breve”.
Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, a comunicação do Banco Central, apesar de mais “indireta” foi mais clara. “Saiu o termo ‘suficiente prolongado’ para o termo ‘mais favorável’, um sinal claro que o aperto chegou ao fim”. Para o economista, o saldo líquido da argumentação, é mais para o fim do ciclo.
Perfeito destaca que o Banco Central reitera seu cenário de desaceleração na inflação acumulada em 12 meses neste semestre, particularmente no quarto trimestre. “Este cenário é correto e isto faz parte da nossa hipótese de trabalho”.
Outros destaques
Na agenda de indicadores, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de julho apresentou variação de -0,12%, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vagas). O resultado representa uma diminuição na queda de 0,06% em relação ao último mês quando o indicador marcou -0,18%. A variação do IGP-M em 12 meses é de 8,36% e o acumulado do ano é de 3,03%.
Contrato de janeiro de 2012 fechou com taxa de 12,47%O contrato de juros de maior liquidez nesta quinta-feira, com vencimento em janeiro de 2012, registrou uma taxa de 12,47%, estável em relação ao fechamento de quarta-feira.
A seguir confira o fechamento das taxas dos principais contratos de juros futuros na BM&F: 
VencimentoTaxa atualTaxa anterDiferençaContr Neg
 Agosto de 201112,4012,400,00250 
 Setembro de 201112,4012,400,00260 
 Outubro de 201112,4312,430,009.605 
 Novembro de 201112,4412,45-0,012.260 
 Janeiro de 201212,4712,470,00243.345 
 Abril de 201212,5212,520,006.220 
 Julho de 201212,5712,570,0039.003 
 Outubro de 201212,6512,66-0,01420 
 Janeiro de 201312,6912,67+0,02124.111 
 Abril de 201312,7512,71+0,041.860 
 Julho de 201312,7812,73+0,0546.994 
 Outubro de 201312,8312,75+0,08565 
 Janeiro de 201412,8212,74+0,08129.910
 Abril de 201412,7612,74+0,021.700