SÃO PAULO - Os principais índices acionários europeus fecharam a sessão desta terça-feira (12) em queda, em meio a negociações e promessas dos ministros da Zona do Euro para a crise que afeta a região. As tentativas de salvar a Itália levaram o índice FTSE MIB, da bolsa de Milão a subir 1,17% no pregão, fechando o dia em 18.510 pontos.

O FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou queda de 1,02%, atingindo 5.868 pontos, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, encerrou em baixa de 0,87% a 3.774 pontos. O DAX 30, da bolsa de Frankfurt, desvalorizou 0,78 % ficando em 7.174 pontos, ao passo que o SMI de Zurique caiu 0,63%, indo para os 6.015 pontos. O IBEX 35 de Madri caiu 0,69% e o PSI de Lisboa subiu 0,94%.

Destaques corporativos
As ações dos bancos e das seguradoras novamente apresentaram as maiores perdas deste pregão. Em Frankfurt, o Deustche Bank caiu 1,01% e a seguradora Allianz perdeu 1,71%.

Em Londres, fecharam em queda Barclays (-2,69%), Lloyds (-2,19%) e companhia de seguros Aviva (-1,48%). Já na bolsa francesa, o destaque negativo foi o Société Génerale (-0,54%) e a seguradora Axa (-1,58%).

As ações da varejista francesa Carrefour recuaram 2,68% nesta sessão, após a possibilidade do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) desistir de apoiar a fusão com o Grupo Pão de Açúcar. Já as ações do Casino apresentaram leve alta de 0,14%. O conselho de administração do Grupo Casino rejeitou nesta terça-feira a proposta de fusão entre o Pão de Açúcar com a filial brasileira do Carrefour.

Fora do setor financeiro, as ações da Alcatel Lucent em Paris, fecharam em queda de 3,04%, depois de o Deutsche Bank rebaixar sua recomendação às ações da empresa de compra para manutenção.

Destaque positivo da sessão, as ações da BMW, em Frankfurt, subiram 0,73% com alta nas vendas e lucros nos mercados internacionais. A também montadora Daimler, na esteira, viu seus papéis avançarem 1,33%.

Risco de contágio aflige Zona do Euro
A Europa continua pressionada por um possível contágio da crise da dívida para outros países, a começar pela Itália. Os ministros das finanças dos países componentes da Zona do Euro concordaram na véspera, após reunião, em ampliar o fundo de resgate da região, atualmente em € 440 milhões.

Nesta terça-feira, o tesouro italiano emitiu o equivalente a € 6,75 bilhões em títulos da dívida com vencimento de 12 meses. No entanto, a operação resultou em um custo maior que o obtido pelo país na última captação.

Segundo a Reuters, os líderes da União Europeia devem realizar na sexta-feira uma reunião extra para discutir alguma forma de moratória da Grécia, para reduzir a dívida e evitar o contágio para outros países. Os ministros europeus não descartaram a possibilidade de um default seletivo do país.

O ministro das Finanças holandês, Jan Kees de Jager, disse a jornalistas nesta terça-feira: "Isso não está mais excluído. Obviamente o BCE emitiu um comunicado dizendo que não concorda com essa posição, mas os 17 ministros (da Zona do Euro) não excluem mais isso, então temos mais opções, mais espaço para trabalhar".

Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus: