Ibovespa reverte trajetória e ensaia recuperação, mesmo com pressão externa

SÃO PAULO - Após abrir em queda, o Ibovespa apresenta leve alta de 0,23% no início da tarde desta terça-feira (12) e atinge 60.363 pontos, com volume financeiro de R$ 2,299 bilhões.
O principal índice da bolsa brasileira consegue avançar mesmo com os principais índices de ações internacionais, principalmente os europeus, pressionados pela deterioração da crise fiscal na Europa.

Desde o início da semana, tem crescido a percepção negativa do mercado acerca do futuro da Grécia, que ainda encontra enorme dificuldade em definir nova rodada de auxílio junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao BCE (Banco Central Europeu).

Como consequência, cresce o risco de contágio de outras economias da região de maior porte, especialmente Espanha e Itália, o que promove a instabilidade observada no mercado desde segunda-feira.

Entretanto, desde o início do pregão por aqui e em Wall Street, houve ligeiro arrefecimento do negativo, o que, em razão da forte queda acumulada na última sessão viabiliza ganhos tímidos.

Dentre os fatores de maior impulso para a virada do Ibovespa, pode-se citar também a alta das ações da Petrobras (PETR3 +0,71%,PETR4 +0,35%) e Vale (VALE3 +0,28%,VALE5 +0,39%), cujas variações juntas respondem por cerca de 26,3% da composição do índice.

Altas e baixas
O principal destaque positivo fica com as ações da Brasil Ecodiesel (ECOD3), que registram valorização de 2,82% e são cotadas a R$ 0,73. Apesar dessa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -27,00%.

Logo abaixo, figuram os papéis da Brasil Foods (BRFS3), em meio a rumores de que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve definir o futuro da fusão entre Perdigão e Sadia na próxima quarta-feira.

Por outro lado, o pior desempenho fica com os papéis Gol (GOLL4), que são cotados a R$ 18,38 que apresentam baixa de 1,97%, mantendo a trajetória negativa acentuada  desde o início da semana após ter avançado 3,51% na sexta-feira com o anúncio da aquisição da WebJet.

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

   
As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais contratos futuros sobre índices de ações dos EUA seguem instáveis até o momento, digerindo os temores fiscais da Europa.

O avanço mais do que o esperado do déficit da balança comercial dos EUA e o impasse sobre o teto da dívida do país, embora com menor influência que as notícias vindas da Europa, também preocupam os investidores.

Já na Europa, foco do noticiário, os principais índices de ações seguem registrando queda, amplamente pressionados pelos temores sobre o transbordamento da crise da dívida na região para economias centrais, a começar pela Itália.

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam com pouca oscilação na BM&F, com os agentes voltados aos desdobramentos do cenário externo que deve movimentar os mercados globais. Além disto, a agenda doméstica também segue no foco.

Por fim, o dólar comercial segue em ligeira queda de 0,32%, cotado a R$ 1,5770, em meio à postura cautelosa de investidores no cenário global.

Fonte: InfoMoney