Bolsas europeias fecham em alta após sequência negativa, puxadas por China e Itália

SÃO PAULO - As bolsas da Europa fecharam com ganhos nesta quarta-feira (13), em meio ao crescimento da economia chinesa, o consenso sobre o novo plano de austeridade do governo italiano e o discurso de Bernanke, que ajudaram a ofuscar o rebaixamento dos ratings da Irlanda e da Grécia. As ações das montadoras figuraram entre as maiores altas do velho continente, enquanto os bancos fecharam em queda.

O FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou alta de 0,64%, atingindo 5.906 pontos, enquanto o CAC 40, da bolsa de Paris, encerrou em elevação de 0,51% a 3.793 pontos. O DAX 30, da bolsa de Frankfurt, valorizou 1,31% ficando em 7.267 pontos, ao passo que o SMI de Zurique subiu 0,17%, indo para os 6.025 pontos. O IBEX 35 de Madri subiu 0,66%. FTSE MIB, da bolsa de Milão, avançou 1,79%.

Já o Irish Overall Index, da bolsa de Dublin, subiu 0,73%, a despeito do corte do rating Moody’s reduzir corte do rating anunciado pelo Moody's, de Baa3 para Ba1, com perspectiva negativa, para o status de lixo. o AthexCompositeShare, da Grécia, por sua vez, teve forte queda de 2,15%, repercutindo o corte realizado pela Fitch em quatro níveis do rating do país, que passou a ser de CCC.

Consenso italiano
Por outro lado nota-se certo alívio acerca da questão italiana após o governo chegar a um consenso sobre o corte de € 47 bilhões em um novo plano de austeridade, que ainda depende da aprovação do congresso.

Na Itália, o governo chegou a um consenso sobre o corte de € 47 bilhões em um novo pacote de austeridade para o país. Com isso, por hora, o país consegue conter o nervosismo de investidores que temem o contágio da crise para o resto do continente através da Itália - terceiro maior PIB (Produto Interno Bruto) do bloco.

Montadoras em alta, bancos em baixa
Em Frankfurt, após a BMW elevar sua previsão para o ano, os papéis da montadora apresentaram o maior avanço do DAX 30 nesta sessão, ao subir 4,37%. Já os papéis de Daimler e Volkswagen avançaram 2,88% e 1,63%, nesta ordem.

Os bancos franceses têm maior risco de serem afetados pela crise da Zona do Euro, já que cerca de 45% da dívida italiana é realizada pelas instituições francesas, de acordo com dados do BIS (Banco de Compensações Internacionais), este valor é mais que o dobro que o realizado pelos credores alemães.

O BNP Paribas, que tem uma das maiores exposições à dívida soberana da Itália, viu suas ações caírem 0,93% em Paris. Em Frankfurt, Comemerzbank e Deutsche Bank fecharam em baixa de 0,22% e 0,47%, respectivamente, enquanto que em Londres as ações do Royal Bank of Scotland recuaram 1,19%.

Resultados corporativos
A maior queda do índice de ações da bolsa francesa ficou com as ações da L'Oreal, que recuaram 3,36%, após a companhia informar na véspera que no segundo trimestre as vendas cresceram menos de 1% devido à demanda mais fraca na América do Norte e Europa Oriental.

O destaque de alta em Londres, foi a holding de luxo Burberry (+5,29%) que reportou um avanço de 34% nas vendas. Já a varejista Marks & Spencer Group PLC perdeu 2,44%, após reportar aumento de 3,2% nas vendas totais, porém abaixo das expectativas do mercado.

China e EUA
Já o PIB (Produto Interno Bruto) da China registrou expansão anual de 9,5% no segundo trimestre de 2011, uma variação superior à de 9,2% projetada pelos analistas, ajudando nas boas notícias sobre a economia global.

Aliado a isso, os investidores também avaliaram a possbilidade de que novos estímulos sejam injetados na economia norte-americana, conforme discurso realizado nesta quarta-feira por Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve.

Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:











Fonte: InfoMoney