SÃO PAULO – Os resultados trimestrais corporativos, assim como o temor em relação à indefinição sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos, fizeram os índices acionários da Europa recuarem pelo terceiro dia consecutivo.

O FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou queda de 1,23%, atingindo 5.856 pontos, enquanto o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, caiu 1,32% ficando em 7.252 pontos. Já o CAC 40, da bolsa de Paris, perdeu 1,42% aos 3.734 pontos, e o SMI, da bolsa de Zurique cedeu 1,43%, indo para 5.904 pontos.
 

Entre os PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grégia e Espanha), o FTSE MIB, da bolsa de Milão, declinou 2,81%, para 18.494 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, caiu 1,93%, para 9.643 pontos, ao passo que o PSI 20 (Lisboa) recuou 2,7%.

Resultados corporativos dão o tom no pregão
Segundo o chefe de pesquisas da BNP Paribasl, Philippe Gijsels, a temporada de resultados revelou a fraqueza da economia global. As ações da farmacêutica Merck, em Frankfurt, caíram 4,45%, depois que a empresa cortou suas projeções para o ano e anunciou prejuízo no segundo trimestre.

Ainda na Alemanha, os papéis da Peugeot estiveram na ponta negativa do pregão, com perdas de 7,61%, um movimento que reflete a expectativa de perdas da montadora para o segundo trimestre.

Na bolsa francesa, a Alcatel-Lucent, recuou 6,89%, após a rival Juniper Networks anunciar resultados de faturamento e lucro abaixo das estimativas. Em Portugal, por sua vez, a varejista Jerónimo Martins cedeu 5,6%, após informar que o segundo semestre deverá ser marcado pela queda acentuada no consumo e pelas dificuldades financeiras no mercado português.

No lado positivo, em Londres, as ações da empresa de infraestrutura de software Autonomy avançaram 3,86% após anunciar que no segundo trimestre o lucro líquido subiu 5%, com previsão de aumento de rentabilidade.

Bancos novamente em queda
Os bancos voltaram a apresentaram resultados negativos neste pregão. Na bolsa de Milão, o banco espanhol Santander caiu 3,18%, após informar queda de 38% no lucro líquido no segundo trimestre deste ano. Em Londres, fecharam em baixa Lloyds (-4,27%) e Barclays (-3,39%).

Na bolsa francesa, Société Génerale declinou 2,62%. Em Frankfurt Commerzbank perdeu 3,71% e na Itália os papéis do Intelsa Sanpaolo e do UniCredi cederam 5,1% e 4,3%, respectivamente.

Rating grego tem novo corte
Há pouco, porém após o fechamento do mercado, a Standard & Poors anunciou que cortou o rating de crédito soberano da Grécia em dois níveis, de CCC para CC. A agência mantém o rating em avaliação negativa.

Vale ressaltar que, segundo agências internacionais, o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, disse que os problemas em torno da periferia da zona do euro ainda não acabaram.

Em carta enviada ao Parlamento, o ministro afirmou que o governo alemão é contrário a um cheque em branco para a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) e acrescentou que é errado acreditar que a cúpula realizada na semana passada poderá resolver a crise de dívida da zona do euro.

Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus: