Ameaça da Moody's sobre EUA e crise da Itália deprimem bolsas na Europa

SÃO PAULO - A ameaça da Moody's de corte do rating dos EUA, por conta do impasse político sobre a elevação do teto dívida, aliada ao temor dos investidores com a economia da Itália, refletido nos juros mais altos pagos no leilão de títulos realizado mais cedo, deprimem os negócios acionários no continente europeu nesta quinta-feira (14).

Além da "novela grega", os investidores reagem ao apelo do governo italiano ao senado para um voto de confiança para um projeto de lei de orçamento que contém medidas de austeridade no valor de € 40 bilhões para 2014.

Bancos
Com esse cenário, o setor bancário é destaque de queda neste pregão. Na Itália, as ações do Banca Popolare di Milano recuam 1,77%, enquanto as ações do Intesa Sanpaolo caem 2,01%. Ao mesmo tempo, em Londres, as ações do Barclays desvalorizam 0,52%, as do HSBC registram baixa de 0,35%, e as do Standard Chartered perdem 0,46%.

No pregão francês, os papéis do Société Générale caem 0,79%, os do Crédit Agricole mostram perdas de 1,44%; e as do BNP Paribas apresentam depreciação de 0,28%. Em Frankfurt, os papéis do Commerzbank registram forte queda 2,9%.


Outros destaques
Seguindo o mesmo movimento negativo, os papéis da Software AG despencam 14,29% e puxam a queda do setor tecnológico. Na véspera, a companhia afirmou que os atrasos nas vendas de licenças e efeitos cambiais impactaram seus resultados do segundo trimestre. Ainda na Alemanha, os papéis da SAP caem 2,93%. Por sua vez, as ações da holandesa ASML Holding recuam 2,46%.

Depois de um pregão positivo, devido aos dados da economia chinesa, as ações do setor de mineração também aparecem na ponta vendedora nesta jornada. Em Londres, as ações da Rio Tinto perdem 1,06%, as da BHP Billiton recuam 1,39%, e as da Anglo American caem 0,53%.

Agenda econômica
Entre os indicadores europeus, a inflação anual na zona do euro permaneceu em 2,7% em junho, inalterada em relação a taxa de maio. Nos 27 países que compõem a União Europeia, a inflação ficou em 3,1% no mês passado, abaixo do registrado em maio, de 3,2%.

Fonte: InfoMoney