São Paulo - Aqui está o que você precisa saber nesta sexta-feira (29):

1 Mercados: bolsas caem por impasse no Congresso dos EUA. Os principais índices de ações na Ásia fecharam em baixa hoje, enquanto os mercados na Europa recuam após congressistas americanos adiarem a votação de um plano para aumentar o teto do endividamento do país, ampliando assim os temores de que a maior economia do mundo possa cometer um calote. Os índices futuros sinalizam queda para a abertura das bolsas em Nova York. O mercado deve reagir nesta sexta-feira a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, referente ao segundo trimestre. Entre as commodities, o petróleo se desvaloriza, caminhando para a primeira perda semanal em cinco semanas.

2 Republicanos adiam votação no Congresso sobre dívida dos EUA. Os parlamentares do Partido Republicano adiaram ontem (28) a votação na Câmara dos Deputados sobre um projeto de curto prazo para elevar em 900 bilhões de dólares o teto do endividamento do país. Um assessor da líder democrata na Casa, Nancy Pelosi, disse que o deputado Steny Hoyer, seu colega de legenda, contou a membros do Partido Democrata que os republicanos decidiram adiar a votação.

3 Moody’s põe em revisão negativa os ratings da Espanha. A agência de classificação de risco colocou em revisão para possível rebaixamento os ratings Aa2 da Espanha, citando a vulnerabilidade ampliada das finanças do governo espanhol ao estresse do mercado e o aumento do risco para os detentores de títulos, devido ao precedente criado pela ação da Zona do Euro para ajudar a Grécia. A Moody´s avisou que um eventual rebaixamento nos ratings da Espanha será limitado a uma nota e disse que a revisão negativa segue ação similar em relação à Itália, no mês passado.

4 Pacote cambial do governo surpreende e desorienta mercado, diz jornal. O pacote cambial focado no mercado de derivativos causou surpresa e desorientação no sistema financeiro. E a decisão do Ministério da Fazenda, anunciada ontem, de adiar para 5 de outubro o recolhimento do IOF sobre as posições vendidas em derivativos cambiais, era o mínimo que o governo poderia fazer para permitir que o mercado tenha tecnicamente condições de cumprir as novas determinações, informa reportagem do jornal Valor Econômico.

5 Uso de cheque especial, com juro de 185%, dispara após medidas. Os brasileiros estão acessando linhas de financiamento emergenciais em ritmo recorde depois que as medidas do governo para conter o crescimento do crédito limitaram acesso a recursos de custo mais baixo. O uso do cheque especial - que chega a ter juro anual de 185% - deu um salto de 27% este ano para um total recorde de 20,6 bilhões de reais em junho, segundo dados divulgados pelo Banco Central em 27 de julho. A taxa é mais que o triplo do juro médio de 46,1% no crédito pessoal, informa reportagem da Bloomberg.

6 Vale lucra R$ 10,3 bilhões no segundo trimestre e bate recorde. A Vale confirmou as expectativas do mercado e apresentou lucro líquido de 10,275 bilhões de reais no segundo trimestre. A cifra é recorde e representa um crescimento de 54,9% sobre o mesmo período do ano passado. A receita operacional também cravou um novo marco histórico, alcançando 25,6 bilhões de reais. A geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 14,8 bilhões de reais.

Saiba mais: A mineradora anunciou ainda que sua diretoria irá propor ao conselho de administração o pagamento de remuneração aos acionistas no valor de 3 bilhões de dólares, o equivalente a 0,574902169 centavos de dólar por cada ação ordinária e preferencial. O montante será analisado pelo conselho de administração da Vale no dia 11 de agosto deste ano e, caso aprovado, o pagamento ocorrerá em 26 de agosto.

7 Lucro da Embraer sobe 51,2% no 2º trimestre, para R$ 153,8 milhões. A Embraer registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de 153,8 milhões de reais no segundo trimestre do ano, um crescimento de 51,2% ante os 101,7 milhões de reais registrados no mesmo período de 2010. No ano, a empresa acumula lucro de 328,1 milhões de reais. A receita líquida caiu 10,9%, para 2,168 bilhões de reais, ante 2,435 bilhão de reais observados de abril a junho de 2010.

8 OSX tem prejuízo de R$ 10,949 milhões no 2º trimestre. A OSX inverteu seu resultado e registrou prejuízo de 10,949 milhões de reais no segundo trimestre. No mesmo período do ano passado foi apurado lucro de 23,124 milhões de reais. Segundo balanço apresentado pela empresa, a receita financeira líquida totalizou 14,811 milhões de reais entre abril e junho, ante 49,123 milhões de reais alcançados um ano antes.

9 Gol reduz previsão de margem operacional para 2011. A Gol anunciou na noite de ontem que reduziu sua previsão de margem operacional para 2011, uma vez que custos maiores de combustíveis e despesas com investimentos em pessoal devem impactar o lucro. Em comunicado, a aérea afirmou que estava diminuindo sua projeção para o lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês), ou margem operacional, de uma faixa de 6,5% e 10% para 1% e 4%.

10 Minoritários pressionam controlador do UOL por oferta melhor. Um grupo de acionistas minoritários decidiu pressionar a Folhapar, controladora do UOL, para que melhore a proposta apresentada para o fechamento de capital da empresa de internet. Na terça-feira (26), o UOL divulgou que a Folha quer comprar todas as ações em circulação no mercado por 17 reais cada, em uma operação que levaria ao cancelamento do registro de companhia aberta

Bônus I BRIX começa a operar com 15% do mercado livre. A BRIX, a bolsa do bilionário Eike Batista, iniciou ontem as suas operações. A empresa, que irá operar contratos de energia e futuros, começou com a adesão de 30 empresas na plataforma adaptada pela ICE (Intercontinental Exchange), parceira no projeto ao lado de Roberto Teixeira da Costa, fundador e primeiro presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Coteminas e Compass Energia.

Bônus II Ações nos EUA podem cair 30% com calote, analisa Credit Suisse. Os principais índices americanos podem despencar até 30% entre os próximos seis a doze meses caso o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a oposição não encontrem uma solução para elevar o teto de endividamento da maior economia do mundo, prevê o Credit Suisse. O banco estima que há apenas 1% de chance do calote ocorrer. Contudo, caso o pior aconteça, a economia americana deverá registrar uma contração de 5% no mesmo período.

Fonte: Exame