Dados econômicos da China e dos EUA garantem nova alta em Wall Street
14 de junho de 2011 - Os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão desta terça-feira em forte alta, marcando o segundo dia de ganhos influenciados positivamente pelo número de vendas no varejo dos EUA e pelo avanço na produção industrial chinesa.
Ao final desta jornada, o índice industrial Dow Jones subiu 1,03% aos 12.076 pontos. O S&P 500 avançou 1,26% para 1.287 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 1,48% aos 2.678 pontos.
Segundo fontes ouvidas por agências internacionais, os investidores foram surpreendidos positivamente com os dados divulgados entre a noite de ontem e a manhã desta terça-feira, visto que a expectativa era negativa quanto à evolução destes indicadores.
No campo corporativo, as ações da Best Buy subiram 4,54% após a companhia divulgar lucros trimestrais que superaram as expectativas de mercado. Os papéis da Hertz Global Holdins valorizaram 9,06% enquanto os da JC Penny tiveram ganhos de 17,46% após a empresa anunciar a contratação de Ron Johnson, um importante executivo na área de varejo da Apple.
Johnson assumirá o cargo de CEO da JC Peny em 01 de novembro.
Na agenda local, o Índice de Otimismo dos pequenos negócios caiu para 90,9 em maio, de acordo com a Federação Nacional das Empresas Independentes nos Estados Unidos (NFIB, na sigla em inglês). Trata-se do terceiro mês consecutivo de queda do indicador.
No mês anterior, o indicador ficou em 91,2, contra 91,9 de março. Apesar do recuo, o dado veio melhor do que o esperado pelo mercado, de 90,3 (previsão Gradual Investimentos).
O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos apresentou alta de 0,2% em maio ante mesmo mês do ano anterior, já com ajustes sazonais, informou agora há pouco o Departamento de Trabalho norte-americano.
O dado veio acima do esperado pelo mercado de alta de 0,1%. O resultado segue uma alta de 0,8% em abril e de 0,7% em março. Em uma base não ajustada, o PPI subiu 7,3% nos 12 meses encerrados em maio - a maior taxa anual desde o crescimento de 8,8% reportado em setembro de 2008.
As vendas no varejo nos Estados Unidos recuaram 0,2% em maio, para US$ 387,1 bilhões, na comparação com o mês anterior, segundo informações do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. O resultado interrompe uma série de dez meses consecutivos em alta.
Em comparação com maio de 2010, no entanto, o índice subiu 7,7%.
Apesar da queda, o dado surpreendeu positivamente o mercado, que esperava queda mensal de 0,3%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 7,5%.
Os estoques das indústrias nos Estados Unidos (Business inventories) subiram 0,8% em abril, para nível sazonalmente ajustado de US$ 1,497 trilhão, segundo dados do Departamento do Comércio norte-americano.
O dado veio ligeiramente acima do esperado pelo mercado que aguardava avanço de 0,9% (expectativa Forex). Na comparação com abril de 2010, os estoques aumentaram 10,6%.
Os dados de março foram revistados de uma elevação de 1% para uma expansão de 1,1%.
Na agenda asiática, as vendas no varejo na China cresceram 16,9% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando 1,470 trilhão de yuans (US$ 226,77 bilhões), de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). A taxa ficou 0,2 ponto percentual abaixo da apurada em abril.
O número veio praticamente em linha com o esperado pelo mercado, de alta de 17%. Na zona urbana, as vendas varejistas subiram 17% no comparativo anual. Na zona rural, houve ampliação de 16,5%.
A produção industrial da China atingiu a menor taxa de crescimento desde novembro de 2010. O indicador subiu 13,3% em maio na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o departamento nacional de estatísticas (BNE). Em abril, houve crescimento de 13,4% na comparação anual.
Fonte: ÚltimoInstante