Índice encerrou esta jornada com avanço de 0.28% aos 62.204 mil pontos
14 de junho de 2011 - Operando novamente em linha com os
demais mercados, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão desta
terça-feira em alta de 0,28% aos 62.204 mil pontos. O giro financeiro
foi de R$ 5,01 bilhões.
Segundo Pedro Galdi, estrategista chefe da SLW Corretora,
esse movimento foi impulsionado sobretudo pelos bons indicadores
econômicos divulgados pela China, em especial o referente à produção
industrial, que superou as expectativas de mercado.
Ainda de acordo com ele, também pesaram neste resultado
os dados divulgados pelo governo dos Estados Unidos, que foram recebidos
positivamente pelos investidores. Contudo, o estrategista ressalta que o
clima ainda é de volatilidade, por conta do cenário externo e,
internamente, do vencimento de opções sobre ações, que ocorrerá na
próxima quarta-feira.
"A bolsa teve uma recuperação técnica, mas ainda está
muito pesada, muito volátil. O vencimento de opções deixa um clima mais
pesado", finaliza.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 1,03%, aos
12.076 pontos; o S&P 500 avançou 1,26% para 1.287 pontos; e a bolsa
eletrônica Nasdaq ganhou 1,48%, aos 2.678 pontos.
Na agenda norte-americana, o Índice de Otimismo dos
pequenos negócios caiu para 90,9 em maio, de acordo com a Federação
Nacional das Empresas Independentes nos Estados Unidos (NFIB, na sigla
em inglês). Trata-se do terceiro mês consecutivo de queda do indicador.
No mês anterior, o indicador ficou em 91,2, contra 91,9
de março. Apesar do recuo, o dado veio melhor do que o esperado pelo
mercado, de 90,3 (previsão Gradual Investimentos).
O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês)
dos Estados Unidos apresentou alta de 0,2% em maio ante mesmo mês do ano
anterior, já com ajustes sazonais, informou agora há pouco o
Departamento de Trabalho norte-americano.
O dado veio acima do esperado pelo mercado de alta de
0,1%. O resultado segue uma alta de 0,8% em abril e de 0,7% em março. Em
uma base não ajustada, o PPI subiu 7,3% nos 12 meses encerrados em maio
- a maior taxa anual desde o crescimento de 8,8% reportado em setembro
de 2008.
As vendas no varejo nos Estados Unidos recuaram 0,2% em
maio, para US$ 387,1 bilhões, na comparação com o mês anterior, segundo
informações do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. O resultado
interrompe uma série de dez meses consecutivos em alta.
Em comparação com maio de 2010, no entanto, o índice subiu 7,7%.
Apesar da queda, o dado surpreendeu positivamente o
mercado, que esperava queda mensal de 0,3%. Em 12 meses, a alta
acumulada é de 7,5%.
Os estoques das indústrias nos Estados Unidos (Business
inventories) subiram 0,8% em abril, para nível sazonalmente ajustado de
US$ 1,497 trilhão, segundo dados do Departamento do Comércio
norte-americano.
O dado veio ligeiramente acima do esperado pelo mercado
que aguardava avanço de 0,9% (expectativa Forex). Na comparação com
abril de 2010, os estoques aumentaram 10,6%.
Os dados de março foram revistados de uma elevação de 1% para uma expansão de 1,1%.
Na agenda asiática, as vendas no varejo na China
cresceram 16,9% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado,
totalizando 1,470 trilhão de yuans (US$ 226,77 bilhões), de acordo com o
Escritório Nacional de Estatísticas (NBS). A taxa ficou 0,2 ponto
percentual abaixo da apurada em abril.
O número veio praticamente em linha com o esperado pelo
mercado, de alta de 17%. Na zona urbana, as vendas varejistas subiram
17% no comparativo anual. Na zona rural, houve ampliação de 16,5%.
A produção industrial da China atingiu a menor taxa de
crescimento desde novembro de 2010. O indicador subiu 13,3% em maio na
comparação com o mesmo período do ano passado, informou o departamento
nacional de estatísticas (BNE). Em abril, houve crescimento de 13,4% na
comparação anual.
Entre as maiores altas do Ibovespa ficaram Embraer ON
(+4,02% a R$ 12,69); Fibria ON (+2,67% a R$ 21,90); Cosan ON (+2,62% a
R$ 24,70); Duratex ON (+2,23% a R$ 12,85); e Souza Cruz ON (+1,99% a R$
18,92).
Na contramão terminaram MRV ON (-3,41% a R$ 14,15); PDG
Realty ON (-3% a R$ 9,04); Cyrela Realty ON (-2,77% a R$ 15,45); Telemar
ON (-2,77% a R$ 28,34); e Telesp PN (-1,77% a R$ 43,74).
Dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que
vigora de 2 de maio a 31 de agosto) Vale PNA (VALE5) ganhou 0,25% a R$
43,51; Petrobras PN (PETR4) avançou 1,16% a R$ 23,60; OGX ON (OGXP3)
teve baixa de 1,62% a R$ 14,56; ItauUnibanco (ITUB4) subiu 1,32% a R$
35,26 e BM&FBovespa ON (BVMF3) cedeu 0,45% a R$ 11,13.
Fonte: ÚltimoInstante