Bolsas europeias fecham em terreno positivo diante de otimismo externo

SÃO PAULO – As bolsas europeias fecharam o pregão desta terça-feira (14) em alta, diante de um mercado otimista após a divulgação de indicadores positivos vindos da China e dos Estados Unidos. Ademais, os desdobramentos da crise na Europa ainda estão no radar. Na véspera a Standard & Poor's rebaixou para “CCC” a nota de crédito da Grécia, com aumento na possibilidade de default.

Diante deste cenário, o índice CAC 40, da bolsa de Paris, apresentou valorização de 1,50% aos 3.865 pontos, acumulando no ano alta de 1,57%; enquanto o FTSE 100, da bolsa de Londres, fechou em alta de 0,51%, atingindo 5.803 pontos, com variação anual acumulando baixa de 1,64%.

A Bolsa de Frankfurt, o DAX 30, encerrou em alta de 1,79%, atingindo 7.212 pontos, acumulando uma forte valorização de 4,31%. Já o Ibex 35, de Madri, fechou a sessão com ganhos de 1,87%, atingindo 10.133 pontos, valorização no ano de 2,77%, e o FTSE MIB de Milão, avançou 1,38%, aos 20.359 pontos, acumulando alta de 0,92% no ano.

Desdobramentos da crise na Grécia
A Grécia voltou a ocupar os noticiários uma vez que na véspera a agência de classificação de risco Standard & Poor’s cortou o rating de longo prazo do país de "B" para "CCC", com perspectiva negativa. Já o rating de curto prazo foi afirmado em C. A nota indica uma possibilidade entre 30% e 50% de um default.

O país vive um momento em que a única chance de estabilidade dependeria de um segundo pacote de ajuda concedido pela União Europeia, que poderia chegar a € 90 bilhões, para cobrir as necessidades de financiamento do país até 2014. Segundo agências internacionais, os ministros da Zona do euro farão nesta data uma reunião extraordinária para decidir a crise da dívida grega.

Quando o assunto é um plano de resgate para a Grécia, o JP Morgan avalia que a reestruturação formal da dívida deverá ocorrer apenas antes do final de 2013. O alarme surgiu após o ministro das Finanças na Alemanha ter enviado carta ao ministro das Finanças do BCE (Banco Central Europeu), demonstrando sua posição favorável à iniciativa privada no papel de auxiliadora da Grécia.

Agenda
Nos EUA, os principais índices acionários seguem avançando aciima de 1% após dados do setor varejista e da inflação ao produtor surpreenderem positivamente os investidores, retirando parte da pressão acumulada sobre as bolsas nas últimas semanas, especialmente em razão de indicadores aquém do esperado. Além disso, dados sobre a economia chinesa, adicionaram fôlego aos negócios.

Destaques corporativos
As ações dos bancos europeus subiram neste pregão. No FTSE 100, com exceção do HSBC, que fechou em queda de 0,03%, lideraram as altas o Royal Bank of Scotland (+2,42%), Lloyds (+1,91%) e Barclays (+1,61%).

Na bolsa de Paris, os papéis do BNP Paribas apresentaram elevação de 2,33%; do Société Générale, alta de 2%, e do Credit Agricole subiu 1,45%. No DAX 30, as ações do Deutsche Bank subiram 1,85% e do Commerzbank, 1,64%.

As montadoras apresentaram altas em Frankfurt e em Paris. No DAX 30, ganhos para Volkswagen (1,46%), BMW (+1,42%) e Daimler (+1,12%). No CAC 40, a Renault e Peugeot avançaram 2,46% e 2,36%, respectivamente.

Em Londres, a Kazakhmys, teve um dos principais avanços do índice, 3,81%. Também fecharam no campo positivo Antofagasta (+3,46%) e Rio Tinto (1,36%). Em Frankfurt, as ações da Deutsche Telekom foram novamente destaque de alta, com ganho de 2,87%.

Por fim, com as notícias de que a Glencore não considera nenhuma oferta de compra pela mineradora ENRC, as ações da operadora de commodities Glencore, na bolsa londrina, fecharam em queda de 4,47%.

Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:

Fonte: InfoMoney