Indústria de SP volta a crescer no 3º tri após acomodação, diz Fiesp

Após a acomodação registrada no segundo trimestre, a atividade da indústria paulista volta a registrar tendência de crescimento e deve subir 11% até o fim do ano, de acordo com dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). O INA (Indicador de Nível de Atividade) medido pela entidade apresentou alta de 0,6% em julho ante o mês anterior, depois de registrar queda em maio e junho. 



"O primeiro trimestre deste ano apresentou um crescimento exuberante e, por conta disso, o segundo foi de acomodação. Agora, no terceiro trimestre, nós voltamos a registrar expansão, mas não no ritmo visto nos três primeiros meses do ano", afirmou Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp. 

"A renda e o crédito estão expandindo, o emprego está crescendo, a demanda volta a expandir e a atividade cresce de novo", disse. 

No ano até julho, a indústria de São Paulo registra crescimento de 12,7% no nível de atividade, valor que, segundo Francini, deve diminuir um pouco até o fim do ano, já que, daqui em diante, a base de comparação é mais forte --a economia brasileira começou a dar sinais de recuperação da crise financeira no segundo semestre de 2009. Assim, a variação no ano deve ficar em torno de 11%. 

Para chegar a esse nível, de acordo com o diretor do Depecon, o INA precisa crescer cerca de 1% mensalmente até dezembro. Ele ressaltou que setembro e outubro são considerados os "meses de ouro" da indústria, já que a produção para as festas de fim de ano se concentra no período. 

SETORES
 
Entre os 17 setores pesquisados pela Fiesp, seis já voltaram a operar acima dos níveis pré-crise: máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos; outros equipamentos de transporte, fabricação de celulose, papel e produção de papel; alimentos e bebidas; produtos químicos; e minerais não-metálicos. 

A pesquisa apontou ainda que o nível de utilização da capacidade instalada, que mensura o uso de máquinas e equipamentos nas indústrias, ficou em 82,7% no mês passado, ante 82,8% registrado em junho e 81,4% contabilizado no mesmo mês de 2009, considerando os dados sem ajuste sazonal. De acordo com Francini, o indicador se encontra em um "patamar de tranquilidade". 

O total de salários pagos em julho pela indústria paulista, já descontada a inflação do período, caiu 0,4% na comparação com junho e cresceu 6,7% no confronto com igual intervalo no ano passado. 

Já as horas trabalhadas na produção subiram 1,2% sobre junho e 8,7% ante o mesmo mês de 2009. As vendas reais da indústria tiveram elevação de 1,2% no comparativo com o mês anterior e 8% ante julho do ano passado. 

Fonte: Folha.com

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