Cenário Corporativo. As novidades que você precisa saber antes de começar o pregão

Os mercados acionários abriram a manhã desta quarta-feira (30) no vermelho. Na véspera, a reunião entre os ministros das Finanças da Zona do Euro aprovou a alavancagem do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira), mas não deu detalhes de como será o procedimento. Além disso, a Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito de 37 importantes bancos no mundo.

Na Ásia, as bolsas terminaram em queda, também refletindo o corte no rating dos dois maiores bancos do Japão. Além disso, o banco central chinês alertou sobre a continuidade de sua política monetária expansionista, corroborado pelo anúncio desta manhã no corte das exigências de reserva de capital em 0,5 ponto percentual, a primeira ação negativa desde julho de 2008. Enquanto isso, os índices europeus operavam em queda  nesta sessão, mas a trajetória foi revertida após o anúncio na China. Confira as notícias que podem movimentar o pregão da BM&F Bovespa:

Possíveis dívidas da Vale
Na véspera, a PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) alertou que a Vale (VALE3, VALE5) pode estar devendo até R$ 25 bilhões à União. Essa conta negativa foi feita após a decisão de se manter a incidência de IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) relativa a ganhos no exterior.

A mineradora manteve conversas na Justiça com o governo desde 2003, mas o Tribunal Regional Federal da 2º Região autorizou que fossem cobrados 75% dos valores em multa, alegando não se tratar de dupla tributação a cobrança desses impostos. Essa decisão, no entanto, só se aplica à Vale.

Petrobras, Bacia de Santos e Comperj
Também no dia anterior, a Petrobras (PETR3, PETR4) anunciou que foi encontrado petróleo de boa qualidade no poço 4-BRSSA-946C-SPS, conhecido como Biguá, no pré-sal da Bacia de Santos. Os reservatórios em que a descoberta foi feita se encontram a cerca de 5.380 metros de profundidade, e têm cerca de 25° API. Nos próximos dias, a estatal inicia a perfuração de um terceiro poço na mesma área.

Além disso, a companhia assinou um contrato para que sejam construídas tubovias no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), atualmente em obras. Essas interligações de tubulações entre as unidades de refino e as de utilidades e de tancagem chegarão a 12 mil toneladas, e terão 4,5 quilômetros de extensão. O prazo para que a montagem se dê termina nos próximos 1.183 dias, segundo o comunicado.


Fonte: InfoMoney