Orçamento: 10 maneiras de organizar suas contas até o final do ano

Durante o ano, despesas planejadas ou não podem comprometer o orçamento  e deixar as contas em desordem. De acordo com o consultor contábil, Ricardo Buturi, a falta de planejamento financeiro é um dos fatores que colabora para que as contas fiquem fora do controle. “Sem dúvida, um dos principais erros é a falta de hábito, organização e de tempo, pois, sem a elaboração e o acompanhamento de um bom planejamento financeiro, dificilmente o consumidor conseguirá satisfazer seus projetos de consumo, construir um patrimônio para sua aposentadoria ou realizar aquele antigo sonho”, explica.

Mantendo a ordem
Há poucos meses do fim do ano, o consumidor começa a arrumar suas contas para iniciar 2012 com tudo em ordem. Segundo Buturi, o consumidor pode evitar o descontrole, basta querer. “Dificuldades financeiras são escolhas pessoais, o consumidor decide tê-las quando ignora a importância da elaboração e acompanhamento de um bom planejamento de suas finanças”, completa.

Para colocar as contas em dia até o final do ano, o consultor dá algumas dicas:

Inicie a elaboração de um planejamento de suas finanças:

O primeiro passo é identificar todas as despesas e receitas, elaborando uma lista. Para facilitar, a pessoa deve usar o modelo conhecido como fluxo de caixa mensal, onde as receitas representam os rendimentos e as despesas são referentes aos gastos. “Sem um planejamento realista, fica difícil reservar algo para investir. Portanto, o consumidor deve aprender a organizar sua vida financeira, para descobrir como transformar os sonhos de hoje em uma realidade futura”, aconselha.

Comunique sua família:
Reúna a família e, juntos, avaliem os gastos. É fundamental que toda a família participe dos seus planos financeiros. Desta forma, todos ficarão comprometidos com um mesmo objetivo.

Estabeleça metas de consumo de produtos caros ou poucos saudáveis:"Por isso, é importante que o consumidor tenha listado todas as suas despesas e saiba exatamente quanto elas representam na sua renda”, explica. Esse exercício, apesar de parecer um desafio, permitirá que a pessoa assuma o controle de sua vida financeira.

Fuja das arapucas comerciais:Tudo que o consumidor quer pode ser cuidadosamente planejado e é deste grupo que virão os recursos para os a realização dos maiores sonhos. Toda vez que estiver prestes a comprar algo que quer, pense calmamente sobre o custo de oportunidade. Ter calma e ser racional fazem toda a diferença nessa hora. Como regra, o consumidor deve evitar qualquer despesa que exija uma decisão rápida. “Se não puder refletir sobre esse consumo, abra mão dele”, enfatiza.

Investindo na economia doméstica:
A pessoa deve fazer uma avaliação sobre os serviços contratados e verificar se eles são realmente necessários para a família. São eles: telefonia fixa ou móvel, televisão paga e internet. Avalie se todos estão fazendo um bom uso desses serviços e se não existem outras opções que atendam a essas necessidades, pois só assim é possível enxergar os exageros que, na maior parte das vezes, estão nas pequenas coisas.

Consumo consciente do crédito:
Se o consumidor pretende utilizar recursos extras, é necessário ficar atento às seguintes modalidades: cheque especial, cartão de crédito e crédito pessoal. Essas são as modalidades que possuem elevadíssimas taxas de juros no curto prazo. O ideal é reservar de 20% a, no máximo, 30% de renda mensal para o pagamento de dívidas. “Mais que isso é candidatar-se a ter problemas no futuro, porque o consumidor não conseguirá manter por muito tempo a disciplina dos pagamentos mensais”, afirma.

Endividamento e financiamentos: 
A expansão do crédito para as pessoas físicas no Brasil levaram às famílias a um elevado nível de endividamento. O raciocínio de se comprar um bem ou serviço pela capacidade de pagar a parcela inerente a compra e desprezar os juros, prazos e preço da riqueza adquirida leva diversas famílias ao descontrole financeiro. O consumidor deve ficar atento a esse tipo de compra, como por exemplo, financiamento imobiliário, de automóveis e até mesmo itens domésticos e eletrônicos. No longo prazo, isso pode ser extremamente perigoso.

Investir:
Para construir um patrimônio, é preciso economizar parte de sua renda. Mas não só isso. Tão importante quanto economizar é investir seu dinheiro. Caso contrário, o esforço de economia não ajudará muito. A primeira razão para investir é o poder devastador da inflação em longo prazo. As economias precisam estar investidas para que o consumidor possa manter seu poder de compra ao longo dos anos. A segunda razão é que investimentos bem sucedidos acrescentam mais dinheiro às suas economias. “Assim, seu esforço em economizar poderá ser menor, pois as taxas de juros e ganho de capital ao longo do tempo fazem o restante do trabalho”, completa.

Estabeleça metas e sonhos: 
Para cada objetivo de investimento, é preciso uma estratégia específica. O melhor é fazer uma programação de investimento separada para cada um deles. Porém, esta é uma forma contábil apenas, para que a pessoa acompanhe a evolução de suas aplicações e veja se está conseguindo atingir suas metas.

Estratégia financeira: 
Seja qual for a estratégia que irá adotar, é importante lembrar que elas são essenciais para se obter bons resultados. Ter muita organização, disciplina e força de vontade também é fundamental para que se alcance uma ótima saúde financeira, pois a falta de prioridade, interesse e objetividade são grandes desafios que devem ser vencidos por quem quiser alcançar com sucesso as suas metas.

Fonte: InfoMoney