Futuros dos EUA mostram extensão de perdas por anúncio do Fed
Os contratos futuros relativos aos índices de ações dos Estados Unidos nesta quinta-feira (22) mostram uma extensão do movimento de queda apresentado na véspera. Investidores se mostram pessimistas quanto ao programa de estímulo anunciado pelo Federal Reserve.
Os futuros relacionados ao S&P 500 caíam 2,11%, a mais forte perda entre os três benchmarks, por volta das 9h14 (horário de Brasília). Já o Nasdaq futuro registrava baixa de 2,00%, enquanto o Dow Jones declinava 1,85%.
Sem alívio do Fed
A expectativa era grande no dia anterior quanto a que medida o banco central dos Estados Unidos anunciaria para tentar dar um respiro à economia. O Fomc (Federal Open Market Commitee) anunciou que vai vender títulos de curto prazo da dívida soberana e comprar Treasuries de até 30 anos em troca.
A reação veio logo em seguida, com os mais relevantes índices acionários do mundo registrando perdas, que estão se intensificando nesta quinta. Investidores também estão preocupados quanto à projeção do Fed. Segundo o comunicado, os riscos ao crescimento do país estão se intensificando.
O mercado aguarda também a divulgação de importantes indicadores da economia dos EUA. Um deles é o de pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que deve traçar um panorama de como anda o mercado de trabalho no país. Outro é o House Price Index, que mede o preço cobrado pelas hipotecas sobre as famílias norte-americanas.
Cenário corporativo
Com uma compensação financeira que deve vir menor do que o esperado por parte do governo da Venezuela, após a nacionalização dos ativos em 2007, os contratos de ações da Exxon Mobil mostram queda de 2,72%. O ministro de Energia Rafael Ramírez oferece US$ 1 bilhão à empresa. A petrolífera já reduziu em US$ 6 bilhões os pedidos iniciais.
Já os ativos da FedEx caem 0,97% no pré-market, apesar de a companhia ter apresentado um lucro por ação maior do que o esperado durante o terceiro trimestre, de US$ 1,46, contra US$ 1,20 no ano anterior. A baixa vem logo após o anúncio de corte nas projeções de vendas para este ano, por causa do fraco crescimento da economia.
Fonte: InfoMoney