Depois de subir 1,27% no intraday, dólar inverte sinal e registra queda de 0,90%
Após abrir com leve queda mas já virar para o campo positivo nos primeiros instantes do dia, chegando a subir 1,27% no intraday, o dólar comercial voltou para o vermelho no final da tarde, acompanhando a melhora no humor do mercado e fechou esta segunda-feira (26) em queda pela segunda sessão consecutiva, cotado na venda a R$ 1,822 - depreciação de 0,90%.
No front doméstico, destaque para a divulgação do relatório Focus, mostrando um novo aumento nas percepções dos economistas ouvidos pelo Banco Central para a inflação, assim como uma queda na projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Já a balança comercial nacional, também divulgada nessa sessão, apontou superávit de US$ 1,948 bilhões até 4ª semana de setembro.
Vale mencionar que, assim como tem sido visto desde a última semana, o BaCen não realizou nenhum leilão de compra de dólares no mercado à vista.
Cenário externo
A melhora no humor do mercado deriva-se de uma possível melhora no cenário da crise da dívida europeia. As autoridades do continente discutiram ampliar o EFSF (Fundo Europeu para Estabilidade Financeira) de € 440 bilhões para € 2 trilhões. No mesmo sentido, o Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional) tentaram injetar confiança nos mercados ao afirmar que concordam em "agir decisivamente para enfrentar os perigos que a economia global confrontam".
Por fim, as notícias sobre uma possível reestruturação da dívida grega ganham força. O ministro de finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, parece ter apresentado ao FMI e ao BCE (Banco Central Europeu) uma proposta que envolve o perdão de 40% a 50% de sua dívida.
Além disso, a agenda norte-americana dessa sessão também serviu por melhorar o humor no mercado. Por lá, o investidor acompanhou a divulgação do New Home Sales de agosto, que mede o número de casas novas vendidas, marcando vendas anualizadas de 295 mil casas no mês, acima das expectivas do mercado.
Dólar comercial, futuro e Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,8200 na compra e R$ 1,8220 na venda, forte baixa de 0,90% em relação ao fechamento anterior. Apesar desta queda, o dólar acumula valorização de 14,38% em setembro, frente à alta de 2,64% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 9,35%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em outubro segue o dia cotado a R$ 1,844, forte baixa de 1,84% em relação ao fechamento de R$ 1,879 da última sexta-feira. O contrato com vencimento em novembro, por sua vez, fechou em forte baixa de 2,62%, atingindo R$ 1,855 frente à R$ 1,905 do fechamento de sexta-feira.
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,8445 na venda, queda de 1,55%.
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,8290000.
FRA de cupom cambial
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, fechou a 3,30 para novembro de 2011, 0,20 ponto percentual abaixo em relação ao que foi registrado na sessão anterior.
Fonte: InfoMoney