SÃO PAULO – A TIM (TCSL4) quer aproveitar a aquisição da rede de fibra ótica da Intelig (AES Atimus) para conseguir entrada nas residências do eixo Rio-São Paulo e poder atacar o mercado de banda larga fixa no futuro.

De acordo com Rogério Takayanagi, diretor de marketing da empresa, o faturamento anual de R$ 18 bilhões do segmento na região só poderá ser almejado pela operadora depois que o ativo adquirido estiver devidamente instalado e tiver penetração suficiente nas praças residenciais.

Com um investimento de R$ 1,6 bilhão, a TIM hoje é detentora da rede de maior capilaridade do mercado no Sudeste, segundo o executivo, depois do aumento em 16 mil quilômetros em fibra. A possibilidade de cobertura é de pelo menos 8 milhões de casas em 21 cidades, e o retorno também deve ser positivo com a redução de custos pela AES Atimus. Gastos adicionais que viriam com a presença em novas residências são considerados pequenos para a companhia, em cerca de € 200 por usuário.

Segmento móvel
No segmento móvel, a rede possibilita uma grande expansão para oferecimento de banda larga em 3G e 4G com a melhor qualidade em relação às concorrentes. Segundo Takayanagi, oferecimento de internet sem fio também será possível por causa da qualidade da fibra.

“A infraestrutura em campo hoje não é a adequada para uma banda larga de qualidade”, avalia o diretor de marketing. As perspectivas que a rede da Intelig trazem, então, é de oferecer uma velocidade de até 100 Mbits por segundo a um preço competitivo.

Com o crescimento da classe C no País, a TIM quer aumentar a participação de mercado - hoje ela é a segunda em market share - com taxas mais baixas, universalizando o tipo de cliente que utiliza a operadora.

Fonte: InfoMoney