Temores sobre recessão global trazem instabilidade às bolsas dos EUA
SÃO PAULO – Os principais índices acionários das bolsas norte-americanas registram instabilidade nesta sexta-feira (19), pressionados pelos temores acerca de uma recessão global, após mais instituições financeiras terem rebaixado suas perspectivas para o crescimento econômico mundial, além da saúde do sistema bancário europeu.
O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, apresenta leve alta de 0,45% e atinge 2.391 pontos, enquanto o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, abre em alta de 0,10% atingindo 10.959 pontos. Por outro lado, o índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, negocia em queda 0,28%, atingindo 10.959 pontos.
Em sessão escassa de indicadores econômicos, os investidores digerem o corte nas projeções para o crescimento global em 2011 e 2012. Após o Morgan Stanley, outros agentes do mercado como JP Morgan Chase, Citigroup, Goldman Sachs e Deutsche Bank, rebaixaram suas expectativas, reforçando as preocupações sobre uma provável recessão mundial.
Neste cenário, o VIX, que mensura a volatilidade do mercado de opções na bolsa de Chicago e conhecido como “índice de medo”, registrou alta de 35,12% na véspera e já no começo desta sessão aponta alta de 4,27%.
Ouro avança
Visto como porto seguro por muitos investidores em tempos de crise, o preço do ouro continua a subir e o contrato futuro para dezembro bateu mais um recorde ao registrar a marca de US$ 1.881,40 por onça.
Front corporativo
As ações do Bank of America Merrill Lynch registram queda de 0,86%, após o The Wall Street Journal ter reportado que o banco tem planos para cortar cerca de 3.500 funcionários.
Após o encerramento do pregão regular de quinta-feira (18), a Hewlett Packard (-22,20%) anunciou a compra da empresa britânica de software Autonomy, em um negócio de US$ 10 bilhões. A empresa ainda cortou suas projeções de vendas para este ano, apesar de seu lucro no trimestre ter vindo em linha com as expectativas.
Com a proximidade do fim da temporada de divulgação de balanços corporativos, nenhuma empresa de destaque revelará seus resultados nesta sessão.
Fonte: InfoMoney