Queda na perspectiva economica global e fracos indicadores econômicos derrubam mercados em NY
Os principais índices acionários de Wall Street operam em forte queda nesta quinta-feira, repercutindo o corte, pelo Morgan Stanley, da previsão de crescimento global e o crescimento acima do previsto da inflação ao consumidor.
Há pouco, o índice Dow Jones perdia 3,83%, aos 10.973 pontos; o S&P 500 recuava 3,94% para 1.146 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq caía 4,36%, aos 2.402 pontos.
Na agenda local, o número de pedidos de auxílio-desemprego (initial claims) avançou em 9 mil para 408 mil na semana encerrada no dia 13 de agosto, em comparação com uma semana antes, 399 mil pedidos (dado revisado).
O dado veio pior que o esperado pelo mercado, que aguardavam aumento de solicitações, para 400 mil novos pedidos (previsão Gradual Investimentos).
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) apresentou alta de 0,5% entre e junho e julho, já com ajustes sazonais, informou agora há pouco o Departamento de Trabalho norte-americano. O resultado veio acima das expectativas do mercado, que esperava queda de 0,2%.
O índice de indicadores antecedentes econômicos (Leading Economic Index - LEI) subiu 0,5% em julho ao atingir 115,8 pontos, de acordo com o Conference Board. O dado sugere a direção da economia nos próximos três meses a seis meses.
A alta do mês passado segue um aumento de 0,3% em junho e ganho de 0,7% em maio. O resultado veio acima do esperado pelo mercado de expansão de 0,2%.
A venda de imóveis usados caiu 3,5% em julho, somando 4,67 milhões de unidades, contra 4,84 milhões registradas no mês anterior (dado revisado), informou hoje a National Association of Realtors (NAR).
O resultado foi inferior às expectativas do mercado, de 4,91 milhões unidades (Forex Fectory). Segundo relatório, na comparação com o mesmo mês de 2010, a venda de imóveis ficou 21% maior.
Enquanto isso, o índice de atividade industrial na região da Filadélfia registrou em agosto leitura negativa após avanço em julho.
O indicador passou de 3,2 em julho para negativa de 30,7 este mês, de acordo com o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) da região.
No Velho Continente, as vendas no varejo do Reino Unido desaleceraram em relação ao resultado apresentado em junho, de acordo com o Escritório de Estatísticas Nacional (ONS na sigla em inglês).
O volume de vendas avançou 0,2% no mês, após avanço de 0,8% em junho (dado revisado). O resultado veio abaixo do estimado pelos analistas que esperavam aumento de 0,3%.
Ainda na Europa, o ex-presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, afirmou que tanto o euro quanto o continente europeu estão "à beira de um precipício", além descrever como "propostas inúteis" as soluções à crise propostas pelo presidente da França, Nicolas Sarkosy, e pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Delors afirmou ainda que os estados membros da Comissão Europeia devem aceitar uma cooperação econômica mais estreita ou transferir mais poderes à União Europeia.