Piora na economia da Europa deprime mercados em Wall Street

Os principais índices acionários de Wall Street operam em baixa nesta terça-feira, refletindo a piora no crescimento econômico da Europa, dado que ofuscou o avanço inesperado na produção industrial norte-americana divulgado nesta manhã.

Há pouco, o índice Dow Jones perdia 0,84%, aos 11.385 pontos; o S&P 500 recuava 1,17% para 1.190 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq caía 1,45%, aos 2.518 pontos.

No setor corporativo, o destaque fica por conta das ações da Alcoa (-1,75%) e Boeing (-1,08%)afetadas pela perspectiva de queda no crescimento da economia global.

Na agenda local, a produção industrial mostrou aceleração entre junho e julho. O indicador medido pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) aumentou 0,9% no mês passado, após aumentar 0,4% em junho (dado revisado). O número surpreendeu o mercado que esperava expansão de 0,5%.

O índice de preços de importação registrou alta de 0,3% em julho, informou hoje o Departamento de Trabalho norte-americano. O número acima do esperado pelo mercado, que aguardava retração de 0,1%.

As construções de novas casas (housing starts) cairam 1,5% para 604 mil unidades em julho, informou o Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Já as licenças para construir (Building Permits) somaram 597 mil em julho, 3,2% abaixo da taxa de verificada em junho, quando foram emitidas 617 mil permissões (dado revisado).

O resultado é menor do que as estimativas de 605 mil pedidos (previsão Gradual Investimentos).

No Velho Continente, a balança comercial da zona do euro apresentou superávit de € 0,9 bilhões em junho, contra superávit de € 0,2 bilhões em maio, de acordo com dados sem ajuste sazonal do escritório estatístico comunitário, o Eurostat.

Em junho do ano passado, a zona do euro registrou um superávit comercial de € 0,7 bilhões. A primeira estimativa para a balança comercial de junho apontava déficit de € 12,2 bilhões.

O índice de preços ao consumidor do Reino Unido (CPI, na sigla em inglês) subiu 4,4% em julho, em relação ao mesmo período de 2010, de acordo com dados do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês).

O crescimento da economia da Alemanha se desacelerou depois que o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou aumento de apenas 0,1% no segundo trimestre de 2011 em relação aos três primeiros meses do ano.

Este anúncio foi feito nesta terça-feira pelo Escritório Federal de Estatística (Destatis), que também revisou em baixa os números de crescimento do PIB no primeiro trimestre do ano, dos 1,5% iniciais para 1,3%

Fonte: Último Instante