Dólar encerra em baixa refletindo melhora do cenário externo

O dólar comercial encerrou as negociações desta sexta-feira em queda, em semana de grande volatilidade para o mercado. Com isso, a divisa acumula duas quedas seguidas. No interbancário, a divisa finalizou cotada a R$ 1,603 na compra e R$ 1,604 na venda, baixa de 0,4%.


No mercado futuro, o contrato para setembro negociado na BM&F operava em baixa de 0,40% a R$ 1,605.

Apesar de todo o cenário externo volátil em que as bolsas oscilam entre altas e baixas por conta do mau-humor sobre os rumos da economia mundial, no câmbio não há identificação de preocupações, já que o preço está sendo formado a partir do fluxo cambial, e, não tende em perspectiva a afastar-se muito e de forma sustentável do eixo de R$ 1,60.

"Esse fator se deve há um excelente "colchão de liquidez" representado pelo estoque de dólares oriundos de exportações liquidadas represados no exterior, muito superior ao volume de importações", conclui o documento. 

Na agenda norte-americana, o Produto Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos avançou 1% no segundo trimestre do ano, de acordo com leitura revisada divulgada nesta manhã pelo Departamento do Comércio norte-americano. O resultado anterior apontava elevação de 1,3% no período.

Já a confiança do consumidor norte-americano caiu entre julho e agosto. A leitura prévia do índice, medido pela Universidade de Michigan, subiu para 55,7 este mês, após leitura revisada de 54,9.

Nesta manhã, Bernanke afirmou que o Fed está preparado para fornecer mais apoio à economia, contudo não indicou o anúncio de qualquer pacote de estímulos à economia iminentemente, adiando a decisão para a reunião de setembro que deverá durar dois dias.

"O Fed continua avaliando as perspectivas econômicas e está preparado para empregar as ferramentas adequeadas para promover uma forte recuperação econômica em um contexto de estabilidade de preços", afirmou.

O presidente do Fed afirmou também que a recuperação do país continua modesta, e admitiu que o ritmo de crescimento dos EUA tem sido mais lento que o esperado. Porém, Bernanke foi otimista na projeção para um cenário a longo prazo, se baseando para isso na afirmação de que a economia do país não tem sido permanentemente atingida pela crise financeira mundial.

No campo nacional, o Banco Central (BC) realizou leilão para compra de dólares no mercado à vista. A taxa praticada foi de R$ 1,6085.

Fonte: InfoMoney