Movimento de correção deve direcionar os negócios
Perspectiva pessimista com indicadores econômicos dos Estados Unidos pressiona os mercados de capitais.
Após
a forte valorização observada na véspera, o desempenho das bolsas
europeias e dos índices futuros de Wall Street apontam para um pregão de
correção nesta terça-feira (30/8).
Contribui para o tom
negativo a agenda econômica dos Estados Unidos, com expectativa de piora
da confiança do consumidor e queda dos preços de imóveis.
Analistas estimam que a confiança do consumidor americano recue para 52 pontos em agosto, contra 59,5 pontos em julho.
Quanto
ao indicador do setor imobiliário, as estimativas demonstram uma queda
maior dos preços das casas, passando de -4,51% em maio para -4,7% em
junho.
Investidores aguardam ainda a ata da última reunião
do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do
Federal Reserve, que decidiu pela manutenção da taxa de juros nos
Estados Unidos entre zero e 0,25%.
Na Europa, o índice
DAX, de Frankfurt, caía 0,54%, para 5.639,32 pontos. Em Paris, o índice
CAC-40 perdia 0,13%, a 3.150,24 pontos.
A exceção ficava
com o mercado londrino, onde o índice Financial Times ganhava 2,44%, a
5.255,39 pontos. Vale lembrar que bolsa de Londres não operou ontem por
conta do feriado bancário.
Ainda no continente, a Comissão
Europeia informou que a confiança econômica registrou piora no mês de
agosto. O indicador caiu 4,7 pontos na Zona do Euro, para 98,3 pontos;
enquanto que na União Europeia (UE) o recuo foi de 5 pontos, para 97,3
pontos.
Seguindo a tendência externa, às 9h19 (horário de
Brasília), o Ibovespa futuro marcava queda de 0,59%, para 55.195 pontos.
Na segunda-feira (29/8), o índice paulista subiu 2,83%, aos 54.860
pontos.
O destaque doméstico fica por conta do início da
reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O consenso dos
analistas é de manutenção da taxa básica de juros (Selic), atualmente
fixada em 12,5% ao ano.
Mais cedo, a Fundação Getulio
Vargas (FGV) mostrou que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve
alta de 0,44% em agosto, contra variação de -0,12% no mês anterior,
puxado pelos preços no atacado.
Na Ásia, por sua vez, o
movimento foi misto entre as principais bolsas. Enquanto os mercados de
Tóquio e Hong Kong subiram 1,16% e 1,71%, nesta ordem; a bolsa de Xangai
perdeu 0,38%.
A economia da região mostrou seu vigor mais
uma vez, com o Produto Interno Bruto (PIB) da Índia registrando
expansão de 7,7% no primeiro trimestre do exercício fiscal 2011, período
compreendido pelos meses de abril a junho.
O resultado veio dentro das previsões, mas abaixo dos resultados do mesmo período em 2010, quando a economia cresceu 9,3%.
Fonte: Brasil Econômico