Dólar opera em alta avaliando acordo da dívida pública nos EUA
SÃO PAULO – O dólar opera nesta manhã de terça-feira (2) em alta de 0,48%, cotada a R$ 1,5682, com os investidores avaliando a aprovação na Câmara do projeto para elevar a teto da dívida dos EUA e reduzir o déficit orçamentário do governo federal.
O projeto, aprovado na última segunda (1), segue ainda nesta terça para o Senado, onde não deve sofrer grande resistência, já que é de maioria democrata.
Por outro lado, os investidores permanecem preocupados com um possível rebaixamento do rating dos EUA pelas principais agências de classificação de risco, o que pode mexer com o mercado ao longo do dia e causar certa instabilidade no câmbio.
Em relação às divisas internacionais, a moeda norte-americana se divide: ganha terrenos frente ao euro (+0,23%) e a libra (0,24%), mas perde espaço para o iene (-0,17) e ao franco suíço (-0,8%)
Indicadores interferem
Por sua vez, os indicadores norte-americanos divulgados nesta manhã não apontaram um cenário muito satisfatório e podem pressionar os mercados internacionais.
Por lá foi divulgado o Personal Income, que se refere à renda dos norte-americanos, que ficou em linha com as expectativas do mercado, ao registrar elevação de 0,1%. O resultado não superou a evolução registrada em maio (0,2%), de acordo com os dados revisados.
Já o Personal Spending, ficou abaixo das projeções. O indicador, referente aos gastos da população, recuou 0,2% em junho, enquanto as expectativas dos analistas eram de alta de 0,1%. No mês anterior, o desempenho do Personal Spending foi revisado para alta de 0,1%.
Ainda nos EUA, o núcleo do índice de preços PCE (Personal Consumption Expenditures), um dos indicadores mais observados pelo Banco Central norte-americano, registrou alta de 0,1% no mês de junho, não superando a estimativa de 0,2% do mercado.
Por aqui, a produção da indústria nacional recuou 1,6% em junho frente a maio na série com ajuste sazonal, segundo dados da Pesquisa Industrial Produção Física - Regional, apresentada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: InfoMoney