Dólar avança mais de 1%, com queda nos mercados
Nesta manhã, os mercados de ações abriram em queda ao redor do mundo, com temores de um menor crescimento global, além de forte queda de ações nos bancos da Europa contagiando as bolsas de valores.
Os investidores buscam segurança e a cotação do dólar sobe ante as principais moedas locais. Diante disso, o euro cai 0,77%, a US$ 1,43.
"O dólar e os títulos americanos são o que resta, porque tudo mais não serve como reserva de valor", explica Sidnei Moura Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio.
A rentabilidade dos títulos americanos tem forte queda, refletindo a maior procura por esses papéis. Os títulos com prazo de dez anos recuam 0,10 ponto percentual, a 2,06% ao ano.
"São os títulos mais procurados, porque proporcionam segurança e liquidez", diz Nehme.
Rumores de que o governo americano poderá elevar a regulação sobre instituições financeiras europeias derrubaram as ações do setor. Ações do Barclays Capital caem 11,4% em Londres, enquanto o Societé Générale perde 11,8% em Paris.
"Os países da Europa estão fortemente endividados. E o sistema bancário está alavancado em cima de dívidas desses países", ressalta.
Por lá, o Stoxx 50, índice que reflete o desempenho de ações de empresas europeias, perde 5%. O contágio atinge Wall Street e também a bolsa brasileira. Nos EUA, o índice S&P 500 perde 4,24%; e o Ibovespa cai 4,68%.
Para Nehme, o mercado levou um "choque de realismo". "Recentemente, qualquer notícia positiva era superdimensionada", diz.
De acordo com o economista, diante dos receios globais devem cessar as apostas na valorização do real, tornando a moeda neutra. "Nós devemos ter menos investimentos. Os investimentos estrangeiros que estavam projetados talvez não aconteçam", acrescenta.
"Mesmo assim não vejo até o final do ano a taxa distante de R$ 1,60".
Fonte: Brasil Econômico
Fonte: Brasil Econômico