Diante de cautela externa, dólar opera em baixa ainda sob a sombra dos EUA
SÃO PAULO – Dólar chega ao meio da semana em queda de 0,17%, e inicia esta quarta-feira (3) cotado à R$ 1 5650. Segundo economistas do Bradesco, a moeda norte-americana perde valor frente às principais divisas refletindo o aumento na aversão ao risco, em particular com a economia dos EUA.
“Esperamos que este cenário contamine o mercado doméstico, fazendo com que o real ganhe valor frente à moeda norte americana”, afirmam.
Apesar do fim do impasse do teto da dívida pública nos EUA, a divisa norte americana ainda deve responder ao cenário internacional de instabilidade. O possível rebaixamento do rating dos EUA pelas principais agências de classificação de risco mexe com os nervos dos investidores e causa certa instabilidade no câmbio, sendo esta uma semana de cautela.
Por hora, a agência chinesa Dagong Global rebaixou nesta quarta a nota de dívida dos Estados Unidos de "A+" para "A". Segundo a Dagong, acordo para elevar o teto de dívida do país não resolverá os problemas estruturais e nem melhorará a capacidade de pagamento no longo prazo.
No velho continente, a situação também não está nada boa. Os governos italiano e espanhol sofrem com a pressão dos mercados financeiros sobre a sustentabilidade da dívida pública destes países.
Ainda em território europeu, os juros dos títulos da dívida espanhola com vencimento em 10 anos chegaram à 6,455%, enquanto os italianos se fixaram em 6,251%. Esta subida tem lançado especulação sobre a necessidade de um programa de apoio à Itália e à Espanha, a terceira e quarta maiores economias da Zona Euro, respectivamente.
No Brasil
Por aqui, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (2) que a autoridade monetária permanece vigilante e não hesitará em adotar medidas, se necessário, para garantir a convergência da inflação para o centro da meta em 2012. "O Brasil é um dos países mais ativos no combate à inflação," afirmou.
Por fim, Tombini acredita que o real sofre também com pressão de posições alavancadas e especulativas que podem colocar em risco nosso sistema financeiro.
Ainda nesta semana, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a BM&FBovespa, a Cetip e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) declararam que estão elaborando uma contraproposta ao pacote cambial lançado pelo governo na última semana.
O objetivo maior dessas entidades é coibir o carry trade, aplicação financeira que consiste em tomar dinheiro a uma taxa de juros em um país e aplicá-lo em outra moeda, onde as taxas de juros são maiores, o que promoveria a valorização do real frente ao dólar.
Indicadores
Nesta manhã, foi divulgado o número de postos de trabalho no setor privado dos EUA, que apresentou desempenho acima do esperado em julho, de acordo com os dados do ADP Employment Report.
Ainda nos EUA, são esperados o Factory Orders, índice que mede o volume de pedidos, feitos à industria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis; o ISM Services (Institute for Supply Management), responsável pela mensuração do nível de atividade não-industrial e; o relatório dos estoques de petróleo do país.
No Brasil, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) da indústria de transformação registrou deflação no último mês de junho, marcando variação de -0,66%, resultado 0,20 ponto percentual inferior ao que foi registrado em maio (-0,46%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: InfoMoney
“Esperamos que este cenário contamine o mercado doméstico, fazendo com que o real ganhe valor frente à moeda norte americana”, afirmam.
Apesar do fim do impasse do teto da dívida pública nos EUA, a divisa norte americana ainda deve responder ao cenário internacional de instabilidade. O possível rebaixamento do rating dos EUA pelas principais agências de classificação de risco mexe com os nervos dos investidores e causa certa instabilidade no câmbio, sendo esta uma semana de cautela.
Por hora, a agência chinesa Dagong Global rebaixou nesta quarta a nota de dívida dos Estados Unidos de "A+" para "A". Segundo a Dagong, acordo para elevar o teto de dívida do país não resolverá os problemas estruturais e nem melhorará a capacidade de pagamento no longo prazo.
No velho continente, a situação também não está nada boa. Os governos italiano e espanhol sofrem com a pressão dos mercados financeiros sobre a sustentabilidade da dívida pública destes países.
Ainda em território europeu, os juros dos títulos da dívida espanhola com vencimento em 10 anos chegaram à 6,455%, enquanto os italianos se fixaram em 6,251%. Esta subida tem lançado especulação sobre a necessidade de um programa de apoio à Itália e à Espanha, a terceira e quarta maiores economias da Zona Euro, respectivamente.
No Brasil
Por aqui, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (2) que a autoridade monetária permanece vigilante e não hesitará em adotar medidas, se necessário, para garantir a convergência da inflação para o centro da meta em 2012. "O Brasil é um dos países mais ativos no combate à inflação," afirmou.
Por fim, Tombini acredita que o real sofre também com pressão de posições alavancadas e especulativas que podem colocar em risco nosso sistema financeiro.
Ainda nesta semana, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a BM&FBovespa, a Cetip e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) declararam que estão elaborando uma contraproposta ao pacote cambial lançado pelo governo na última semana.
O objetivo maior dessas entidades é coibir o carry trade, aplicação financeira que consiste em tomar dinheiro a uma taxa de juros em um país e aplicá-lo em outra moeda, onde as taxas de juros são maiores, o que promoveria a valorização do real frente ao dólar.
Indicadores
Nesta manhã, foi divulgado o número de postos de trabalho no setor privado dos EUA, que apresentou desempenho acima do esperado em julho, de acordo com os dados do ADP Employment Report.
Ainda nos EUA, são esperados o Factory Orders, índice que mede o volume de pedidos, feitos à industria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis; o ISM Services (Institute for Supply Management), responsável pela mensuração do nível de atividade não-industrial e; o relatório dos estoques de petróleo do país.
No Brasil, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) da indústria de transformação registrou deflação no último mês de junho, marcando variação de -0,66%, resultado 0,20 ponto percentual inferior ao que foi registrado em maio (-0,46%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: InfoMoney
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