Bolsas europeias recuam pelo 6º pregão seguido focando Espanha e Itália

SÃO PAULO – As bolsas europeias fecharam pelo sexto dia consecutivo em queda nesta sexta-feira (5). Os mercados da região seguem refletindo o temor dos investidores sobre o contágio da situação grega à economias maiores e, portanto, de maior peso na Zona do Euro, como Espanha e Itália.

O FTSEurofirst 300, índice das principais ações europeias caiu 1,7%, o menor fechamento em 13 meses e a maior queda semanal desde outubro de 2008, auge da crise financeira mundial. O PSI de Lisboa registrou o pior desempenho desde abril de 2009, fechando a 1,2% a 6.249 pontos.

O FTSE 100, da bolsa de Londres, apresentou queda de 2,53%, atingindo 5.266 pontos. Enquanto o DAX 30, da bolsa de Frankfurt, caiu 2,72% ficando em 6.256 pontos. Já o CAC 40, da bolsa de Paris, perdeu 1,15%, a 3.291 pontos, e o SMI, da bolsa de Zurique, cedeu 2,14%, indo para 5.172 pontos. O FTSE MIB, da bolsa de Milão, desvalorizou 0,69% para 16.015 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, declinou 0,18%, para 8.671 pontos.

Espanha e Itália seguem no foco
A economia da Itália cresceu 0,3% no segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta sessão, que vieram em linha com as expectativas do mercado. Ao mesmo tempo, o Banco da Espanha infomou que o crescimento econômico do país abrandou de abril a junho. O PIB (Produto Interno Bruto) espanhol subiu 0,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao 1T11, mostrando também alta de 0,7% na comparação anual.

O Comissário Europeu dos Assuntos Econômicos, Olli Rehn, em discurso nesta amanhã, tentou acalmar os mercados ao afirmar que “a agitação que os mercados testemunharam nos últimos dias simplesmente não é justificado com base em fundamentos econômicos. Tais variações dramáticas nos mercados são incompreensíveis”, argumentou.

A recuperação econômica está avançando em grande parte da zona do euro, enquanto importantes passos de consolidação orçamentária, bem como reformas estruturais, estão em curso no continente, particularmente nos países membros mais expostos às tensões dos mercados, destacou. Segundo Rehn, o mercado não reagiu como esperado após as medidas acordadas pelas autoridades da Zona do Euro.

Segundo rumores de agências internacionais, o BCE (Banco Central Europeu) está intervindo no mercado europeu adquirindo títulos de dívida de Portugal e Irlanda, para tentar aliviar os juros.

Destaques corporativos
Na bolsa italiana, as negociações das ações dos bancos UniCredit e Intesa Sanpaolo foram suspensas após a forte baixa da abertura nesta sexta-feira, porém, recuperaram o fôlego ao longo do dia e fecharam em altas de 5,6% e 2,2%, respectivamente.

Em Paris, Credit Agricole e BNP Paribas subiram 1,20% e 0,75%, nesta ordem. O Commerzbank, em Frankfurt, ganhou 4,70%. Já em Londres, os papéis do Royal Bank of Scotland caíram 7,60%. O banco reportou prejuízo de £ 794 milhões no segundo trimestre. Na esteira, as ações do Lloyds, que apresentaram forte queda na véspera, recuaram mais 5,52% nesta sessão.

Na bolsa francesa, o destaque de alta foi do banco Natixis, com avanço de 10,59%, mesmo após comunicar queda de 3% no lucro líquido no segundo trimestre. Do outro lado, em Frankfurt, a Allianz cedeu 3,96%. A seguradora reportou recuo de 8,2% no lucro líquido do segundo trimestre

 Confira o fechamento dos principais índices acionários europeus:


Fonte: InfoMoney