Bolsas dos EUA apresentam forte volatilidade, no aguardo da ata do Fomc
Após um começo de dia negativo, os principais índices acionários
norte-americanos chegaram a reverter sua trajetória no começo da tarde,
mas logo voltaram para o vermelho na tarde desta terça-feira (30),
enquanto os investidores guardaram com expectativa a divulgação da
minuta da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee),
prevista para ser divulgada às 15h (horário de Brasília).
O
índice S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA,
opera em desvalorização de 0,43% e atinge 1.205 pontos, enquanto o Dow
Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips
norte-americanas, registra queda de 0,30% a 11.504 pontos. Já o Nasdaq
Composite, que concentra asações de tecnologia, cai 0,17%, chegando a
2.558 pontos.
Evento mais aguardado desta terça-feira
(30), a minuta do Fomc pode trazer sinais mais concretos sobre uma
possível nova rodada de alívio quantitativo, uma vez que o presidente do
Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou na semana passada durante a
conferência anual de Jackson Hole que essa decisão ficaria para a
próxima reunião da autoridade monetária, que será realizada nos próximos
dias 21 e 22 de setembro.
Contudo, o momento segue de
forte volatilidade, sobretudo por conta do resultado pior que o esperado
doConsumer Confidence, que atingiu em agosto sua menor pontuação desde
abril de 2009.
Destaques corporativos
Na
ponta positiva do Dow Jones, aparecem as ações ligadas ao setor
industrial. É o caso da Boeing, cujos papéis avançam cerca de 2%, após a
companhia aprovar o plano de melhoria do seu modelo 737. O desempenho
desses ativos é o segundo maior do índice de ações nesta tarde, ficando
atrás apenas da Caterpillar (+2,31%).
No outro extremo do
índice, aparecem as ações do Bank of America Merrill Lynch, que recuam
cerca de 2,6%, devolvendo parte dos ganhos acumulados nos últimos dias,
repercutindo a entrada bilionária de Warren Buffett no capital acionário
da companhia e também a venda de participação do banco em uma
construtora chinesa. Logo a frente, aparecem os papéis do JP Morgan, que
recuam em torno de 1,5%.
Ainda no front corporativo, o
Citigroup cortou suas estimativas para as vendas de mesmas lojas em
agosto de quatro lojas de departamento dos EUA – JCPenney (-1,64%),
Kohl’s (-2,10%), Macy’s (+0,08%) e Saks (-0,92%) – por conta dos efeitos
da furacão Irene.
Preço de imóveis cai menos que o esperado
Ainda
na agenda econômica norte-americana, o S&P/Case-Shiller Home
Price de junho, que mede a variação dos preços dos imóveis, apontou um
avanço de 1,1% na passagem mensal, mas uma queda de 4,52% em relação ao
mesmo período do ano passado, vindo em linha com a medição de queda de
4,59% e acima das projeções, de recuo de 4,7%.
Fonte: InfoMoney