Bank of America vende US$ 8,3 bi em ações do Banco de Construção da China
O Bank of America anunciou nesta segunda-feira que venderá a um grupo
privado de investidores 13,1 bilhões de ações comuns do Banco de
Construção da China (CCB), o que representa cerca da metade de sua
participação nesse banco, por US$ 8,3 bilhões.
A transação
será fechada no terceiro trimestre do ano e o banco americano ainda
manterá uma participação de 5% na segunda entidade financeira chinesa
por valor de mercado, da qual possuía até agora cerca de 10%.
"Nossa
associação com o CCB foi mutuamente beneficente", disse o
executivo-chefe do Bank of America, Brian Moynihan, em comunicado, no
qual acrescentou que ambos grupos "estão negociando uma possível
expansão e extensão de seu atual acordo estratégico de assistência".
"Esta
venda de aproximadamente metade de nossas ações no CCB gerará US$ 3,5
bilhões em capital comum e reduzirá nossos ativos de risco em US$ 7,3
bilhões", declarou o diretor financeiro da maior entidade bancária por
ativos dos Estados Unidos, Bruce Thompson.
Apesar de o
banco americano não revelar quais são os compradores dessas ações,
segundo o site do "Wall Street Journal" um deles seria a Temasek
Holdings, o braço investidor do Governo de Cingapura.
Há
duas semanas também foi divulgado que o Bank of America planeja cortar
3,5 mil empregos, e na quinta-feira passada decidiu vender por US$ 5
bilhões 50 mil de suas ações preferenciais a Berkshire Hathaway, o grupo
presidido pelo multimilionário filantropo Warren Buffett.
O
terceiro homem mais rico do mundo saiu assim ao resgate da entidade
financeira, que luta para botar um ponto final aos processos e
investigações aos quais é submetido por conta de seu papel na crise
hipotecária dos EUA, que já custaram multimilionários acordos com
investidores.
Após a divulgação da venda de títulos do
CCB, as ações do Bank of America - uma das 30 companhias que compõem o
índice Dow Jones Industrial - subiam 5,28% uma hora e meia depois da
abertura da Bolsa de Nova York, onde seus títulos desvalorizaram 38,76%
neste ano.
Fonte: Último Instante
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