Aversão ao risco deverá manter trajetória negativa das bolsas

A queda generalizada nos mercados acionários nesta quinta-feira (18) é ocasionada pela exarcebação da aversão ao risco por parte dos investidores após dados decepcionantes nos EUA, indica o economista Antonio Amarante.

Entre os indicadores norte-americanos piores que o esperado pelos mercados e divulgados nesta quinta-feira, Amarante destaca o índice de atividade industrial de Filadélfia para agosto, o qual se contraiu na maior intensidade desde março de 2009, ao registrar 30,7 pontos negativos, frente a uma expectativa de alta de um ponto.

No entanto, além das preocupações com a situação fiscal na Europa, há também a expectativa por aperto monetário na China, cujo governo mostra-se preocupado com a alta inflacionária e já indica que pode tomar medidas contra o capital especulativo. “O mercado já iniciou o pregão em queda, preocupado com a economia global; está preocupado com as poucas possibilidades de sair da crise com ferramentas concretas”, disse Amarante.

Conforme cotação das 12h04 (horário de Brasília), os índices Dow Jones, S&P e Nasdaq recuam 3,93%, 4,17% e 4,49%, respectivamente, enquanto o Ibovespa marca queda de 4,42%, aos 52.630 pontos. Na Europa o movimento se repete, com destaque para os índices DAX30 e FTSE100, de Frankfurt e Londres, respectivamente, cujas quedas alcançam 5,21% e 4,41%.

Ibovespa em busca de 40.000 pontos

Deste modo, os investidores procuram ativos de menos risco, como o ouro e os títulos da dívida pública norte-americana, sendo que o primeiro registra cotação na máxima histórica e o segundo alcançou a mínima histórica nos títulos dez anos

Portanto, Amarante revela que a tendência para o mercado é que o Ibovespa perca o fundo de 47.700 pontos e, em meio à volatilidade, busque a marca dos 40 mil pontos. Quanto à sequência de altas nos últimos pregões, Amarante credita tal fato à uma “alta técnica”, por conta do forte ritmo com que a pontuação do Ibovespa recuou desde o início do mês.


Fonte: InfoMoney