Wall Street fecha com maior alta desde maio

1º de julho de 2011 - Os principais índices acionários de Wall Street encerraram o pregão desta sexta-feira em alta refletindo o avanço inesperado do índice de manufaturas. Com o resultado, a bolsa de NY atinge o maior ganho semanal em dois anos e a alta diária mais forte desde maio.

Ao final desta jornada, o índice industrial Dow Jones subiu 1,36% aos 12.582 pontos. O S&P 500 avançou 1,53% para 1.339 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 1,53% aos 2.816 pontos.

Para alguns investidores, o resultado do índice ISM de manufatura demonstrou que a economia local está se recuperando após um período de fortes incertezas internas e externas e aplacando o temor de uma nova desaceleração da economia mundial após o fraco resultado da atividade industrial da China.

No campo corporativo, o destaque ficou por conta das ações da Home Depot (+1,40% a US$ 36,73) e 3M (+1,91% a US$ 96,67)

Na agenda local, a confiança  do consumidor norte-americano caiu entre maio e junho. A leitura final do índice, medido pela Universidade de Michigan, desceu para 71,5 este mês, após leitura de 74,3 em maio.

O resultado também é menor do que a leitura preliminar de 71,8 e do que o esperado pelo mercado, de 72.

O ISM Manufatura, índice que mede a atividade do setor manufatureiro nos Estados Unidos, acelerou o ritmo em julho. O indicador passou de 53,5 em maio para 55,3 no mês passado.

O número veio melhor do que o esperado pelo mercado, de 52.

Já as despesas totais com construção civil (Construction Spending) nos Estados Unidos caíram 0,6% em maio ante a taxa revisada de março, totalizando US$ 753,5 bilhões, informou agora há pouco o Departamento de Comércio norte-americano. Na comparação com maio de 2010, o número representa uma queda de 7,1% (US$ 811,2 bilhões).

O resultado decepcionou o mercado que esperava alta mensal de 0,1%. O dado de abril foi revisado de um avanço de 0,4% para um recuo de 0,6%.

No Velho Continente, o índice de gerente  de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da zona do euro caiu para 52 em junho, contra 54,6 no mês anterior, de acordo com o instituto Markit Economics. O resultado veio em linha com o esperado.

De acordo com o instituto este é o menor nível do indicador em 18 meses.

A taxa de desemprego na zona do euro ficou em 9,9% em maio, com ajuste sazonal, inalterada na comparação com abril, de acordo com o escritório estatístico europeu, o Eurostat. Em maio de 2010, a taxa foi de 10,2%.

Nos 27 países que compõem a União Europeia (UE), a taxa de desemprego também permaneceu estável no período analisado, em 9,3%. Um ano antes, o índice era de 9,7%.

Nesta manhã, a imprensa europeia divulgou que os ministros de Finanças da zona do euro anteciparam para este sábado a reunião que tinham fixado para domingo, na qual está previsto a aprovação do lote de ajuda de € 8,7 bilhões à Grécia, confirmaram à Agência Efe fontes diplomáticas.

O encontro também não será presencial, como estava previsto, mas será realizado mediante videoconferência às 18h de Bruxelas (13h de Brasília).

Na Ásia, o setor manufatureiro da China cresceu num ritmo mais lento em 28 meses em junho, de acordo com a Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP, na sigla em inglês).

O índice de gerentes  de compra (PMI, na sigla em inglês) caiu de 52% em maio para 50,9%, recuo de 1,1 ponto percentual. O resultado completa o terceiro mês consecutivo de declínio do PMI.

O mercado esperava queda mais branda para 51,6%.

Fonte: Último Instante