Puxado por construtoras, Ibovespa amplia perdas do início do pregão

SÃO PAULO - Aprofundando as perdas tímidas do início do pregão, o Ibovespa apresenta baixa de 1,53% no início da tarde desta quinta-feira (14) e atinge 59.739 pontos, com volume financeiro de R$ 1,888 bilhão.
 
O principal índice da bolsa brasileira acompanha o viés negativo observado nas bolsas europeias frente à crise fiscal na região do que a leva alta registrada em Wall Street impulsionada pelo resultado trimestral do JPMorgan Chase.
 
Sem uma referência clara para o mercado como um todo e diante da escassez de indicadores locais, o radar doméstico volta-se para o front corporativo que, no somatório do noticiário de cada empresa ou setor de forma mais isolada, compõe a trajetória do índice.

O setor imobiliáro ganha destaque na sessão e figura como um dos principais fatores de pressão para o Ibovespa até o momento, após ter sido destaque de alta na véspera. A volatilidade das ações coincide com a divulgação das prévias operacionais das maiores construtoras como EzTec e Brookfield, em meio ao início da temporada de resultados do segundo trimestre.

Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações Rossi Residencial (RSID3), que registram desvalorização de 3,46% e são cotadas a R$ 11,72. Com essa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a 19,04%. Logo abaixo, aparecem as ações da PDG Realty (PDGR3), com -3,46%.

Por outro lado, o melhor desempenho fica com os papéis Brasil Foods (BRFS3), que são cotados a R$ 29,21 e apresentam alta de 2,31%, após o mercado considerar a decisão final do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) positiva para a Brasil Foods, encarando as restrições como  não tão rigorosas.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:


As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:


Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices acionários avançam impulsionados pela divulgação de indicadores econômicos norte-americanos melhores do que o esperado, apesar das preocupações acerca da crise fiscal na Europa persistirem.

Nesta manhã, os investidores mostraram-se otimistas com a recuperação da economia dos EUA, apesar do impacto negativo do anúncio da Moody’s na véspera, quando colocou o rating norte-americano em revisão para possível rebaixamento.

Enquanto isso na Europa, a ameaça da Moody's aliada ao temor dos investidores com a economia da Itália, refletido nos juros mais altos pagos no leilão de títulos realizado mais cedo, deprimem os negócios acionários no continente europeu, que caminham para fechamento em queda.

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam próximos da estabilidade, apontando leve alta apenas nos contratos mais longos na BM&F. Em um dia sem referências internas, os agentes devem ficar atentos ao cenário externo, como o desenrolar da crise fiscal na Zona do Euro e os indicadores da economia norte-americana.

Por fim, o dólar comercial é cotado a R$ 1,5740 na venda, estável em relação ao fechamento anterior. Nesta quinta-feira, uma série de indicadores econômicos de maior peso foram divulgados no âmbito externo. Além disso, o mercado também atento aos rumores sobre novas medidas para o mercado de câmbio.

Apesar da variação negativa nesta sessão, a moeda norte-americana registra alta de 0,70% neste mês de julho, porém uma desvalorização de 5,59% desde o início do ano.
 
Fonte: InfoMoney