SÃO PAULO - "O Brasil será o maior produtor do petróleo novo fora da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)", afirmou o presidente da Petrobras (PETR3, PETR4), José Sergio Gabrielli, em teleconferência realizada nesta segunda-feira (25) para apresentação do plano de negócios da petrolífera para o período de 2011 a 2015, no qual está previsto o investimento de US$ 224,7 bilhões.

De acordo com ele, os pesados investimentos da estatal nos próximos anos se fazem necessários para lidar com a crescente demanda. "Se nós considerarmos o declínio natural dos projetos existentes. Há a necessidade da incorporação de novas descobertas e criação de novas alternativas", disse. "Entre as empresas que vão produzir este novo petróleo, vindo de novas descobertas, nós seremos os maiores", completou.

Segundo Gabrielli, o Brasil deverá em breve estar entre os maiores consumidores de petróleo no mundo e, portanto, serão necessárias inovações tecnológicas e investimentos para que a exploração e produção de petróleo no País seja aumentada.

"Nós temos uma crescente demanda por esta commodity e devemos entrar no grupo dos maiores consumidores de petróleo mundial em breve. Sob o ponto de vista da demanda, vemos mudança no cenário: nos emergentes o consumo deve crescer cada vez mais, enquanto que os países desenvolvidos terão uma redução nesse nível de demanda", destacou Gabrielli.

Aumento na produção
O presidente da Petrobras ressaltou que no mundo inteiro o investimento em petróleo e gás tem aumentado. Além disso, os setores ligados ao segmento de petróleo e gás também estão em pleno aquecimento.

O plano de investimentos da Petrobras aumenta sua produção de petróleo e gás dos atuais 2,772 milhões de boe (barris de óleo equivalente por dia) para 3,993 milhões de boe em 2015 e 6,418 milhões de boe em 2020. "A capacidade de produção vai crescer em um volume bastante significativo", afirmou Gabrielli.

Para 2020, a empresa planeja investir em mais 35 sistemas de produção. "Estamos levando a produção do pré-sal para quase 2 milhões de boe até 2020. Isso mostra claramente nossa projeção bastante otimista em relação à capacidade de produção do pré-sal nacional", ponderou o executivo.

"Em termos de volume de vendas, estamos antevendo um crescimento bastante significativo, sendo não apenas o petróleo, mas também seus derivados. Sairiamos de 3,8 milhões de boe atualmente para 7,5 milhões em boe em 2020", concluiu Gabrielli.

Fonte: InfoMoney