No último pregão do mês, dólar segue em alta esperando decisão nos EUA
SÃO PAULO – No último pregão de julho, a moeda norte americana continua operando no campo positivo, apresentando valorização de 0,07%, cotado a R$ 1,5701, com o mercado repercutindo o pessimismo que ronda o cenário externo, diante o impasse nos EUA, a ainda frágil situação da Grécia e o possível corte no rating espanhol.
Nos EUA, a questão do teto da dívida pública do país permanece insolúvel. “O governo terá que encontrar uma solução para contornar os pagamentos principais nos próximos dias,” ressalta o economista Sidnei Nehme.
Nos EUA, a questão do teto da dívida pública do país permanece insolúvel. “O governo terá que encontrar uma solução para contornar os pagamentos principais nos próximos dias,” ressalta o economista Sidnei Nehme.
Segundo ele, se considerássemos apenas este cenário, teríamos uma tendência à desvalorização do dólar no mercado internacional, mas não é o que acontece.
“Por outro lado,a situação na Europa é vista como não satisfatória e os riscos de contágio da crise grega estão se acentuando. A partir daí, o que se viu nestes últimos dois dias foi algo inusitado, na medida em que o mercado vem procurando títulos americanos para comprar”, explica o economista. “A melhor saída, mesmo com todas as mazelas, ainda são os títulos”, completa.
Isso contraria a teoria de desvalorização do dólar lá fora. “O cenário é muito estranho e acredito que as agências vão rebaixar a nota americana. Por isso é incerto neste momento prever que o dólar vai cair lá fora”, opina Nehme.
No cenário de câmbio brasileiro, segundo o especialista, em uma primeira leitura, poderíamos dizer que o dólar vai cair se o EUA entrar em crise e der o calote, mas há ressalvas: “esta conclusão é prematura, pois nos momentos de crise a busca é por liquidez e assim podemos ter a saída de dólar do nosso mercado, contribuindo para sua valorização.”
Neste sentido, o Governo, ao anunciar as medidas cambiais nos últimos dias, parece pensar no pior cenário. “As medidas foram prudenciais para evitar o movimento especulativos e esta saída brusca da divisa norte americana”, conclui.
Em relação às moedas internacionais, a divisa norte americana se valoriza frente ao euro (+0,04%), à libra (+0,07%), perdendo para o iene (-0,67) e para o franco suíço (+0,09%).
Indicadores
No canário interno, tivemos nesta manhã a Sondagem Industrial de julho, divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) que apresentou nova queda, de 2%.
O Banco Central reporta nesta data a Nota de Política Fiscal, relatório com os resultados fiscais não-financeiros do setor público, ligados às dívidas e ao superávit primário.
Nos EUA, o Departamento de Comércio revelou a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) e de seu deflator, registrando que economia norte-americana avançou 1,3% no segundo trimestre de 2011, resultado abaixo das expectativas do mercado, que sugeriam uma expansão de 1,7%.
Ainda nos Estados Unidos, o Employment Cost Index, índice trimestral que mede o custo da mão-de-obra, ficou acima do esperado no segundo trimestre de 2011, de 0,5%, registrando alta de 0,7%.
Também nos EUA acontece a divulgação do Chicago PMI referente ao mês de julho. O indicador mede o nível de atividade industrial na região.
Fonte: InfoMoney
“Por outro lado,a situação na Europa é vista como não satisfatória e os riscos de contágio da crise grega estão se acentuando. A partir daí, o que se viu nestes últimos dois dias foi algo inusitado, na medida em que o mercado vem procurando títulos americanos para comprar”, explica o economista. “A melhor saída, mesmo com todas as mazelas, ainda são os títulos”, completa.
Isso contraria a teoria de desvalorização do dólar lá fora. “O cenário é muito estranho e acredito que as agências vão rebaixar a nota americana. Por isso é incerto neste momento prever que o dólar vai cair lá fora”, opina Nehme.
No cenário de câmbio brasileiro, segundo o especialista, em uma primeira leitura, poderíamos dizer que o dólar vai cair se o EUA entrar em crise e der o calote, mas há ressalvas: “esta conclusão é prematura, pois nos momentos de crise a busca é por liquidez e assim podemos ter a saída de dólar do nosso mercado, contribuindo para sua valorização.”
Neste sentido, o Governo, ao anunciar as medidas cambiais nos últimos dias, parece pensar no pior cenário. “As medidas foram prudenciais para evitar o movimento especulativos e esta saída brusca da divisa norte americana”, conclui.
Em relação às moedas internacionais, a divisa norte americana se valoriza frente ao euro (+0,04%), à libra (+0,07%), perdendo para o iene (-0,67) e para o franco suíço (+0,09%).
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No canário interno, tivemos nesta manhã a Sondagem Industrial de julho, divulgada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) que apresentou nova queda, de 2%.
O Banco Central reporta nesta data a Nota de Política Fiscal, relatório com os resultados fiscais não-financeiros do setor público, ligados às dívidas e ao superávit primário.
Nos EUA, o Departamento de Comércio revelou a segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) e de seu deflator, registrando que economia norte-americana avançou 1,3% no segundo trimestre de 2011, resultado abaixo das expectativas do mercado, que sugeriam uma expansão de 1,7%.
Ainda nos Estados Unidos, o Employment Cost Index, índice trimestral que mede o custo da mão-de-obra, ficou acima do esperado no segundo trimestre de 2011, de 0,5%, registrando alta de 0,7%.
Também nos EUA acontece a divulgação do Chicago PMI referente ao mês de julho. O indicador mede o nível de atividade industrial na região.
Fonte: InfoMoney
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